Michelli da Villa Francionni vence degustação em SP

michelli“O vinho Michelli – safra 2005, produzido pela vinícola catarinense Villa Francioni, foi eleito o melhor durante degustação às cegas promovida pelo sommelier do Grupo Fasano, Manoel Beato, durante o evento Paladar no Hotel Grand Hyatt em São Paulo no final de semana. Beato apresentou na degustação além do  Michelli, três vinhos produzidos no Rio Grande do Sul, um de Santa Catarina e um italiano da região de Chianti. As opiniões foram colhidas de  sommeliers, amantes do vinho,  jornalistas e profissionais de gastronomia. Dos 28 votos, o vinho produzido na serra catarinense conquistou 18. Segundo o enólogo da Villa Francioni, Orgalindo Bettú “apenas os melhores vinhos do mundo suportam mais de 24 meses de amadurecimento em barrica, o Michelli michelli2passou por longos 34 meses em barris novos de carvalho do centro da França” o que mostra a superioridade do vinho catarinense. O Michelli é produzido com 80% de uvas sangiovese, cabernet sauvignon e merlot. Tem guarda de até 20 anos. O preço sugerido pela vinícola é de R$ 198 reais. Rute Enricone Assessoria de imprensa Villa Francioni.”
 
Em Brasília na Vintage Vinhos. Assista ao vídeo do evento clicando aqui. Os vinhos concorrentes foram: Quinta da Neve Pinot Noir/SC, Utopia cab./merlot-SC, Valduga Arinarnoa-RS, Quinta do Seival C.S-campanha gaúcha, Lidio Carraro Nebbiolo e Isole e Olena chianti classico. Conversando com um dos participantes da degustação, ele me disse que o painel foi meio confuso, com dois vinhos às claras, o Pinot Noir Quinta da Neve e o Lidio Carraro Nebbiolo. Foto das garrafas: Blog Sua Mesa (Cesar Adames)

Dois italianos da Miolo? Saiba quais.

mioloitaMIOLO INICIA VENDA DE DOIS NOVOS RÓTULOS, resultado da parceria com produtores italianos, escolhidos com esmero para tomar parte da homenagem da Miolo Wine Group à descendência italiana da família. No sábado passado, em um almoço no Dom Francisco da 402 Sul, nos foi apresentado os dois vinhos italianos trazidos ao Brasil pela Miolo. Trata-se de um Sangiovese clássico delicioso e um Barolo safra 2005; um vinho de grande personalidade, ainda jovem mas casou bem com o pato assado servido pelo anfitrião da tarde, Edinho Monteschio. Participaram da prova os amigos Edinho (proprietário), o parceiro de Blog, Eugênio, além do próprio Jorge e Eleonora, ambos da Miolo. Foi uma gostosa tarde em que se comeu e bebeu muito bem, como manda a tradição dos fabulosos vinhos italianos [risos].

Barolo Giovanni Rosso 2005
é produzido por Giovanni em Serralunga, Piemonte. Ainda jovem para 2010, melhor beber em três anos, mas mostrou grande potencial de envelhecimento, pois estava delicioso à boca. Ótima estrutura e bastante carnudo, com elegância e personalidade. O ataque tânico existia mas nada de agressivo, pois uma boa carne de caça assada dá conta do recado. Envelhecido 36 meses em barricas de 250 lts, tem médio corpo e aromas cereja e amoras. De colheita manual e sem filtragem fazem desta ampola uma impecável escolha. Delicioso. PRAZEROSO!

Podere San Cristoforo Carandelle é elaborado com sangiovese na fantástica Toscana, região que cresce a olhos vistos no mundo do vinho. Seu produtor Lorenzo Zonin é de família de vinicultores desde 1821. Aromas de frutas vermelhas e especiarias. Volume equilibrado, com excelente persistência e taninos macios. Estagia um ano em carvalho. Combina esplendidamente com massas, lasanha e capeletti, assim como frios e queijos finos. Ou seja, completo à mesa!

Os vinhos podem ser comprados na Adega do Vinho, ao lado do Posto Shell, na rodovia de entrada da Feira do Paraguai. Fone: 3233-0004 ou 3343-2626 (Sudoeste Qd.104). Preço 75 reais ao Sangiovese e 210 para o Barolo.

Chefs degustam vinhos espanhóis da VINCI

degvinc3aDia 6/8 (6a.feira), entre vários apreciadores de vinhos, fomos convidados pela loja VINCI Vinhos a degustar rótulos espanhóis no restaurante DUDU Camargo, com presença de tops Chefs da Cidade, como: Francisco Ansiliero, William Babel, e Rodrigo Almeida do DUDU da 303 Sul. Foram seis vinhos especiais de 4 bodegas representadas pelo gerente Jorge Sosa, vindo direto da Espanha. Vejam a qualidade dos vinhos mostrados. Na foto: Marly Dias (Bordeaux-VINCI) e Jorge Sosa (Bodegas Naia-Nora-Del Cénit-ManoaMano).

Las Brisas 2007 (branco) – Elaborado 85% uvas Verdejo. Aroma frutas e leve defumado, na cor palha quase branco. Boca com boa acidez e pouco cítrico. Nada de madeira e bom p/ peixes. 85 pts.
Nora 2007 (branco) – 100% Albariño, este exemplar prima pela altíssima persistência, ficando largos minutos na boca. Entre os melhores da degustação. Cor amarelo caramelado. Frescor e citricidade em alta. Ótima acidez e enormemente indicado com bacalhau. 90 pts.
Naia 2007 (branco) – Outro branco de surpreender, só que desta vez 100% Verdejo, com curta passagem em carvalho. Interessante são as vinhas pré-filoxera com idade de 85 anos. Amarelo e fios verdes, tem boa persistência que enche a boca! 90+ pts.
Naiades Rueda 2006 (branco) – Um vinho de maior elegância que os demais. Profundo e de médio p/ muito corpo. De mesma produção do Naia, com Verdejo, mas estagia 8 meses em barricas. Ótimo cítrico e grande complexidade. O melhor da degustação. 91 pts

Tivemos ainda dois tintos:degvinc2a
Mano a Mano Tempranillo 2007 – Maturado 6 meses em carvalho e cor violácea viva. Aromas compota e toque adocicado. Frutas aos montes em leve corpo. Apesar dos 14% álcool mostra-se plenamente equilibrado e harmonioso, com taninos finos. 89 pts.
Venta Mazzaron Tempranillo 2005 – Uma ampola “de responsa”. Excepcional estrutura. Cor rubi brilhante e aromas de frutas maduras e, de novo, surge um leve defumado. Outro ótimo exemplar tempranillo das Viñas Cénit. 91 pts.

Estes vinhos podem ser encontrados a preços promocionais:
Loja VINCI – Bordeaux, Lago Sul, QI 13, Bl. E – fone: 3248-7311.

Columbine Cab.Sauv. 2003

columbineWilliam Cole Columbine Reserva Cab.Sauvignon 2003 é produzido no Chile pela W.Cole, no Vale Casablanca. Vinho de estilo elegante com evidência de frutas maduras e elementos da madeira como a baunilha. Estagia em barricas de carvalho francês e americano durante 8 a 12 meses. R$ 70,00 – Ana Import.

3 VINUM BRASILIS 2010 – Chegou a hora!

3o. VINUM BRASILIS
CHEGOU A OPORTUNIDADE DO ANO !!

MAIS DE 100 RÓTULOS, 18 VINÍCOLAS,  VINHOS PREMIADOS!!
O EVENTO DE VINHO DE MAIOR SUCESSO FORA DO RS.
TUDO EM UM MESMO LOCAL: VINHOS, COQUETEL E PRÊMIOS.

26 DE AGOSTO, ÀS 19:30 h.
CLUBE DA ASSEFE – SCES Tr.1, Lt 7 – BRASÍLIA
Informações: 3443-8996 – Valor R$ 50,00 (clique abaixo)3vbrasilispq

Font de la Figuera 2007, o Vinho da Discórdia

fontA Mistral tem o melhor portfólio de vinhos do Brasil, são inúmeras opções de produtores, preço e qualidade. Alguns meses atrás, recebi um e-mail de uma campanha da importadora, para vender o vinho Font de La Figuera 2007. Um segundo vinho do espanhol Clos Morgador da região do Priorato. A campanha eletrônica o alardeava como “o vinho que bateu o Petrus”, divulgando uma nota da Wine Spectator, maior para o vinho espanhol que para o Petrus da mesma safra 2007. Não dou a mínima para as notas, mas resolvi pesquisar e concluí que a importadora usou de um argumento falho, uma falácia, para persuadir o consumidor. Explico, em momento algum, a Mistral esclarece que a revista não fez uma degustação entre os dois vinhos, nem às cegas nem às claras. Não diz também que o vinho espanhol foi avaliado por um de seus editores Thomas Matthews, que só degusta Espanha, em uma avaliação apenas para internet, em data totalmente diferente da avaliação do Petrus; que foi avaliado por James Suckling (que trabalhou por 30 anos na revista, mas saiu esse ano), para revista impressa de março de 2010.

Como pode um vinho “bater” outro se nem foram tomados juntos, nem avaliados pelos mesmos degustadores? A competição no mundo do vinho beira o absurdo. Como afirmar que tal vinho é melhor que outro, como uma verdade definitiva, se as variáveis beiram o infinito?

A Mistral é uma importadora séria, que sempre divulga em seus catálogos, os méritos de todos os vinhos em suas determinadas safras. É uma empresa que domina o ramo dos restaurantes, não precisava de uma campanha como essa para vender um único rótulo. A estratégia deu certo, o vinho desapareceu, mas acho que manchou a postura da casa. Resolvi escrever essa postagem, depois de ler em um blog, as discrepâncias derivadas dessa campanha. Aquele ditado, quem conta um conto aumenta um ponto. O blog sugeria o vinho como presente para o dia dos pais. Contava toda essa conversa de “bater” Petrus, mas ia além. Dizia que isso tinha ocorrido em uma degustação às cegas feita por Robert Parker, que ele tinha dado nota 96 (quem já leu alguma vez o WA sabe que Parker não avalia Espanha, e sim o descomedido Jay Miller), quando na verdade essa foi a nota dada ao primeiro vinho da casa, Clos Figueras, em outra safra. Fala do Clos Figueras achando que é o Font de La Figuera, divulgando assim, errados, o blend e o preço.

Esse tipo de campanha levam as pessoas a repetirem inverdades e a criarem outras, como foi o caso citado. Ouvi muitas pessoas repetindo essa história, mas não vi uma sequer, querendo trocar Petrus por Font de La Figuera. Foto: site Mistral.

Ducru-Beaucaillou 2001

ducru2Ducru-Beaucaillou é sempre um grande Bordeaux, e esse 2001 não seria diferente. Porém esse exemplar me surpreendeu pela elegância exagerada para um vinho 2001. Uma cor mais para o rubi, com bastante evolução, médio corpo e taninos muito sedosos, nem parecia aqueles Super-Bordeaux, que precisam de no mínimo uns 15 anos para começarducru1 a evoluir. Confesso que achei que o vinho ainda ia estar duro, como um 2002, desse mesmo chateau, que havia tomado e achado que além de tânico, tinha um mentolado excessivo.

Esse 2001 é um blend de 68% cabernet sauvignon, 30% merlot e 2% cabernet franc. Um vinho bem fácil, relativamente delicado, muito equilibrado, e que não deve ser guardado por mais tempo. Um Super- Bordeaux com alma borgonhesa.

Decanter Wine Show 2010, no Rio de Janeiro (segunda parte)

Como não podia deixar de comentar, o Clos Vougeot do Chateau de La Tour, apresentado por François Labet foi um dos grandes vinhos da feira. Um vinho muito delicado, de cor bem translúcida e aromas de morangos e framboesas bem sutis. Talvez o vinho mais delicado da feira, que se fosse provado após passar por bombas chilenas, argentinas, espanholas e algumas italianas, soaria como vinho de verão, tipo um rosé. Deveria ser o primeiro dos tintos, ou o primeiro da feira, como fiz.
decanter17decanter22decanter19

Outro que mereceu destaque foi o produtor Pieropan do Veneto, com o Calvarino e o Soave Clássico. Dario Pieropan é quem estava servindo.

Outro produtor que chamou atenção foi o Tommaso Bussola, que estava em pessoa, servindo os convidados. Apesar de não ser fã de Amarones, o seu Classico Vigneto Alto TB estava ótimo.
decanter21decanter23decanter20

A argentina Viña Alicia também mereceu destaque com seu branco Tiara, um blend de Riesling, Alvarinho e Savagnin. Muito bom. O Tanagra Syrah da chilena Villard e os rieslings da alemã Donnhoff também foram marcantes.

Agora é só torcer para que daqui a dois anos, a coisa toda se repita no mesmo nível.

Fotos: Da esq.p/dir. primeira linha, Eugênio Oliveira e Oscar Daudt (foto de Luciana Plass)/François Labet do Chateau de La Tour/Dario Pieropan (foto de Oscar Daudt-Enoeventos)/ Segunda linha: Clos Vougeot Chateau de La Tour/Tommaso Bussola/novamente o Clos Vougeot.