Sol de Sol Pinot Noir 2008

soldesolEsse Pinot Noir é produzido na vinícola mais ao sul no Chile, aproximadamente 650 km ao sul de Santiago, em Traiguén.
O clima frio durante o período de maturação, produz um vinho com ótimos aromas de frutas como cerejas e cerejas azedas. O envelhecimento em barris de carvalho franceses durante 12 meses confere complexidade, equilíbrio, aromas frescos e longa persistência das frutas.É recomendado abrir o Sol de Sol Pinot Noir trinta minutos antes de beber, e harmonizando com massas com frutos do mar, carnes apimentadas, e principalmente boeuf bourguignon. 100% Pinot Noir, R$ 155,00 na Zahil.

Bramare Cobos no 11 de Setembro…?!!

bramareÊpah… apesar da coincidência do 11 de setembro, nada foi trágico no sábado retrasado. Pelo menos para os cozinheiros de plantão, a única ameaça terrorista seria o bolo de genoise não crescer no forno [risos].

Mais uma vez estava eu treinando minha destreza de “aluno-aprendiz-chef-cozinheiro” com minha turma da gastronomia, quando deparei-me com outro vinho que merece comentários. O Bramare Malbec 2007, da vinha Cobos, trazido pelo colega de juventude Wang Y. Tz, esposo da Renatinha-magali (ôpss…se fosse a Mônica eu ia levar uma surra!). Nessa ocasião, novamente a turma arregaçou as mangas e foi direto aos treinos na cozinha. Nas fotos surgem: a Cléia (em pé), Gláucia, Selma (sem uniforme) e Renata, além do anfitrião Pedro (que não aparece). Produzimos várias receitas de Confeitaria, como Genoises (pão-de-ló) e outras massas. Ah, nas fotos surge pela primeira vez a indumentária culinária em destaque, chamada de dólmã (jaquetão cozinheiro). Notem na lapela a bandeirinha ítalo-brasileira, indicando o futuro foco de estudo deste editor que vos fala.  😉

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Voltando ao vinho, um líquido concentrado, lembrando em escala menor o seu irmão mais famoso, o Cobos. Cor violácea/rubi e aromas de compotas, baunilha e leve terra. chefcoelhof1Passa 18 meses em barricas que lhe dão um aveludado sabor, uma acidez controlada e gostosa, com taninos sutilmente adocicados. Uma persistência longa e marcante. Interessante foi notar que o teor de 15% de álcool não causou desequilíbrio ao vinho. Por isso, deve-se decantá-lo pelo menos uma hora antes de servir para aproveitar toda sua plenitude. Antevendo isto é que ele foi batizado de bramare, uma palavra de origem italiana e quer dizer “almejar/desejar”. Um vinho para beber apreciando cada instante, eis que é considerado um dos melhores malbec da Argentina. Nota: 90 pts. Gratificante!

San Vicente, o novo Rioja da Península

sanvicenteVinho espanhol, da Rioja, San Vicente 2004. Esse vinho é um lançamento da importadora Península, que trabalha exclusivamente com vinhos espanhóis de alta qualidade. O vinho Hécula 2005 (também da Península) acaba de ser escolhido como o melhor exemplar, entre 12 amostras da uva Monastrell, pela revista Gosto que está nas bancas. Essa degustação foi conduzida pelo tarimbado enófilo curitibano Guilherme Rodrigues.

Voltando ao San Vicente 04, é um vinho feito com a variedade Tempranillo Peludo, cepa em desuso e que quase desapareceu por causa de seu baixo rendimento. Rende menos de 01 kg por videira. Situada em San Vicente de la Sonsierra, vila histórica em que se situa a plantação de 18 hectares em solo argilo-calcáreo, plantadas por Guillermo Eguren. É um vinho moderno, com nariz bastante generoso e cremoso na boca. Um Rioja mais para o atual que para o clássico, mas nem por isso deixa de ser um grande vinho. Daqueles que quando a garrafa acaba você logo pergunta: Tem outra? Fantástico. Em Brasília pode ser encontrado na Adega Brasília (405 Norte/3340-2936).

Chateau Valandraud

valandraud1Jean-Luc Thunevin é chamado de Bad Boy de Bordeaux. Em 1991 (com 1.500 garrafas) iniciou a saga de sua vinícola caindo nas graças de Robert Parker, que o apelidou assim, por fazer seus vinhos de cor bem escura, concentrado, de aroma fresco, e mesclar a clássica doçura e pureza da fruta. Isso tudo com ajuda do enólogo consultor Michel Rolland. Thunevin é considerado o criador dos vinhos de garagem. Título que recebeu, por usar a garagem de sua casa, para abrigar os primeiros tanques de fermentação e barricas de carvalho.

Robert Parker ficou fã e isso gerou uma disparada nos preços de seus vinhos. Por causa de sua         valandraud2reputação, o Chateau Valandraud (o top da vinícola), tem um posicionamento de preço muitas vezes acima dos Premier Grand Cru Classés de Bourdeaux, obedecendo às implacáveis leis de mercado; gerando desconforto em alguns produtores tradicionais. Jean-Luc costuma dizer que o Valandraud pertence a uma Apelação de Origem “Incontrolada”. O Valandraud 2003 é um corte de 70% merlot, 28% c.franc e 2% malbec, esse corte varia a cada safra. Ainda não abri essa garrafa, pois pelo descrito, deve estar bem explosivo, coisa que não me agrada muito. Vou deixá-la envelhecer mais, aí eu abro e conto.

Vinhos gregos em alta

nemeaAproveitando que dias atrás provei mais um vinho de origem grega, aberto por um amigo, vou falar um pouquinho destas deliciosas ampolas que começam a invadir os catálogos das importadoras, como também dos supermercados. Na verdade, há cinco anos fui apresentado a estas maravilhas vínicas em minha viagem àquele fantástico país, a Grécia. O vinho provado à época foi um branco da uva assyrtiko, da Ilha de Santorini, de nome Αντóνιο (Antoniou, em grego). De lá para cá não canso de divulgar estes vinhos, pois já provei cerca de quinze deles e todos, sem exceção, surpreenderam pela qualidade, evolução e elegância. O gregos sempre foram grandes produtores de vinho, sendo provado que há pelo menos 4 mil anos já existiam vestígios de suas adegas. É claro que desde então seus descendentes renegaram, ou melhor, colocaram em inércia estes saberes. É, parece que nossos produtores jônicos não esqueceram o aprendizado milenar e agora retornam com força total ao mundo da vinicultura. Syncharitíria (parabéns)!!!


O vinho ofertado pelo amigo Boby Filho foi um NEMEA Reserve Tsantali 2004. Ótimo vinho! Delicioso à mesa e também com acepipes de queijo, especialmente queijos gregos. Feito de agyorgitiko, uva tinta clássica da Grécia, esta ótima ampola é bem equilibrada apesar de certo excesso de madeira (12 meses de barrica), mas guardando elegância. Recomendado, principalmente pelo preço. Ressalva: beber esta safra agora pois já está em declínio. O bacana é que ele pode ser achado nas lojas do Carrefour, além do Wal Mart, à bagatela de 29 reais… Um achado!! Nossa avaliação para este “prodígio” grego: 87 pts.
Você pode achar outros rótulos gregos pesquisando por “Grécia”, no campo Pesquisas do DCV.

Prosecco Extra Dry VSAQ (Colli del Soligo) 2007

proseccocolliProsecco de pouca perlage (borbulhas), mas persistente. Cor palha-esverdeado. Boa acidez e médio corpo. A Cantina Colli del Soligo foi fundada em 1957 para atender as exigências dos pequenos produtores de Prosecco da região homônima que se encontra na metade da “estrada do vinho branco”, no Veneto (Itália), entre Conegliano e Valdobbiadene, no meio de colinas de origem vulcânicas. R$ 45,00 – Decanter – MundoVinho.

Revista Veja elege os melhores Sommeliers de São Paulo

vejaspA revista Veja São Paulo, Comer e Beber edição 2010-2011 acaba de eleger os melhores sommeliers de São Paulo. Os eleitos pela revista foram os seguintes:

1 lugar – Tiago Locatelli (Varanda)

2 lugar – Giuliana Ferreira (Grupo Rubayat) e Gabriela Monteleone (Gero)

3 lugar – Débora Breginski (Dressing), Daniela Bravin (Ici Bistrô) e Manoel Beato (Fasano).

Certamente uma cidade gastronômica como São Paulo, não está limitada aos premiados. Há inúmeros profissionais tão bons quanto os laureados e que talvez por falta de oportunidade, não tenham sido indicados esse ano. Só para citar alguns que conheço: Ramatis Russo (Emiliano), Alexandra Corvo (Ciclo das Vinhas), Lis Cereja (Saint Vin Saint), Eliana Araújo (Capim Santo), Anderson Araújo (Ráscal) e Jô Barros (La Mar), poderiam perfeitamente estar entre os eleitos.

Parabéns aos premiados, que com certeza merecem estar na lista, e à revista Veja que, estipulando esse prêmio incentiva e demonstra a importância desse profissional no restaurante.

Se quiser indicar um sommelier competente, como os citados, de São Paulo, me enviem o nome e local de trabalho que publicarei nos comentários.

Adegas – Post vira Fórum no DCV

ALERTA AOS FABRICANTES DE ADEGAS CLIMATIZADAS
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Nossa postagem do dia 04/03/10 está batendo recordes de acessos e comentários, com 48 já registrados enquanto escrevo neste momento. Ou seja, virou praticamente um Fórum de discussões! E tudo isso graças aos curiosos internautas e cidadãos brasileiros que estão cada vez mais antenados com relação aos produtos que consomem. Um verdadeiro compêndio de dados estatísticos que serve de base e alerta aos fabricantes de eletrodomésticos nacionais, para ficarem ligados na qualidade e evolução de seus produtos. Se você quer saber o que está rolando na postagem sobre Adegas, corra para lá ( clique aqui ), e aprenda sobre o assunto com a divertida e valiosa troca de informações entre os leitores.

Blog DCV: muito além do óbvio em serviço de utilidade pública!  🙂

Vinhos orgânicos: coisa antiga no mundo de Baco

romaneeTudo começou quando um colega da Faculdade de Gastronomia pediu-me para dar uma consultoria a um novo restaurante que estava surgindo na Cidade e queria montar uma carta de vinhos orgânicos/biodinâmicos. Eu já conhecia muitas ampolas produzidas desta forma mas voltei-me a uma pesquisa mais aprofundada.
Muitos enófilos e apreciadores de vinho desconhecem este tipo de produto mas que em realidade é bem mais comum do que parece. Em primeiro lugar vamos conceituar um pouquinho [risos]. O vinho tradicional aplica a agricultura comum de plantio, usando podas e colheitas mecânicas na sua maioria e tratam o solo com herbicidas e fertilizantes químicos – se bem que neste quesito a vinicultura é mais saudável e sempre busca o equilíbrio ambiental. Na cultura orgânica, o solo das videiras é tratado de forma harmônica com a natureza e produtos como: pesticidas e adubos são de origem natural – são os vinhedos ecológicos. Até na vinificação são usados produtos naturais e não é permitido SO2 ou conservantes artificiais. Os vinhos biodinâmicos, além dos cuidados dos produtos orgânicos, adotam técnicas agrícolas não usuais, como: ciclos lunares para podas, posicionamento astrológico do vinhedo, dentre outras “filosofias”. Estes produtores tratam as vinhas como um organismo vivo, por isso consideram a interação: homem X meio ambiente, essencial para produção de bons vinhos.

Como vocês irão perceber, os orgânicos não são raros e muito menos difíceis, pelo contrário; o mercado brasileiro está infestado de rótulos para todos gostos. A história da produção de vinhos orgânicos remonta ao início do séc.XX, quando antes da 1a. Guerra Mundial vários vinicultores na França e na Itália, começaram a produzir de forma contínua. Dentre eles temos o laureado Domaine Romanée Conti, como um dos exemplos de vinhos de enorme prestígio, que investem na agricultura orgânica há um bom tempo. Na França, existe desde 1991, a Associação “Bio” do Languedoc com quase 200 produtores de vinho orgânico! AIVB-LR Association Interprofessionnelle des Vins Biologiques du Languedoc-Roussillon (www.millesime-bio.com/v2/). E, ainda, a AVAP (Association of Agrobiologic Wine Growers from Provence). Na Itália e Alemanha os produtores crescem a ponto de influenciarem a legislação agrícola naqueles países.

No Brasil várias importadoras se especializam em vender estes vinhos. A Mistral conta com um rol de quase 50 marcas; a Vinci também vende umas três dúzias de rótulos; a Grand Cru tem diversas marcas e a Decanter traz um portfolio recheado; além de outras importadoras.

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O que você acha de defender a natureza quando estiver abrindo uma garrafa? Abra um vinho orgânico e participe da campanha por produtos eticamente corretos. O meio ambiente agradece e as videiras também!  😉

Deixo para vocês uma “pequena” lista de vinhos orgânicos:

– Espumante Prosecco di Valdobbiadene – Cantina Perlage (ITA)
– Marche Sangiovese I.G.T. – Perlage (ITA)
– Etna Rosso DOC – Tenuta Terre Nere (ITA)
– Bürklin Riesling, (ALEmanha)
– De Martino Cabernet Res. Família (CHI)
– Romaneé-Conti (FRA), biodinâmico
– Pétalos del Bierzo (ESPanha)
– Zuccardi (ARG)
– Coyam Emiliana (CHI)
– Nativa Gran Reserva (CHI)
– Château Le Puy Bordeaux (FRA), biodinâmico.