Degustação do Icewine Pericó

O primeiro Icewine brasileiro teve, sem sombra de dúvidas, a mais arrojada campanha de marketing de lançamento de um vinho no Brasil. Muito se falou, divulgou, esperou e enfim o vinho foi lançado. A grande maioria dos blogs anunciou esse lançamento. A própria vinícola vinha alardeando nos meios de comunicação desde abril. Não vou ficar repetindo aquilo que o produtor já cansou de propagar: Uvas colhidas a 1.300 metros, a -7,5 graus… Vamos ao que interessa. Afinal o vinho é bom ou não?

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Tive a oportunidade de tomar o vinho e, em MINHA opinião, não agradou. O vinho é feito de cabernet sauvignon e tem aromas até interessantes de goiaba e xarope de farmácia. Porém na boca ele se mostra com uma doçura enjoativa, faltando acidez para contrabalancear, e fazer com que você fique com vontade de tomar o próximo gole. Ele também termina com um amargor exagerado.

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Sou fã de carteirinha da Pericó, devido a seu espumante brut rosé e o Taipá, porém seu icewine não me encantou. Até achei que fosse adorar esse vinho, visto que tenho tomado alguns icewines canadenses e me surpreendido. A vinícola fez tudo certo, criou expectativa na demanda, lançou o produto em um kit maravilhoso, dentro de uma belíssima caixa, garrafa importada da Itália… Mas o conteúdo não me agradou. Nem coloco em discussão o preço, a raridade, o pioneirismo, a dúvida se haverá outra safra, o ineditismo. Sou fã de vários vinhos brasileiros (inclusive os citados da Pericó), mas o patriotismo vinícola não me encanta. Acho que o experimento foi válido e que, talvez havendo outras safras ele possa melhorar.