Casa Marin Cipreses Sauvignon Blanc 2008

casamarin2Casa Marin Cipreses Sauvignon Blanc 2008: Nariz intenso, mineral, pleno de frutas tropicais (maracujá, grapefruit, kiwi). Na boca, bom corpo, bela textura, fresco e complexo. Um vinho espetacular que conquistou a crítica internacional. Acompanha peixes grelhados de vários tipos, frutos do mar, camarões e lagostas. Excelente também escoltando queijos finos de leite de cabra ou então para ser degustado sem nenhum acompanhamento. Chile, R$ 99,00 na Vinea. Em Brasília pode ser encontrado na Art du Vin (3365-4078).
 

Domaine Valette-Pouilly-Fuissé “Le Clos de Monsieur Noly-Vieilles Vignes” 1999

noly1Inconfundível, incomparável, DEFINITIVO. Esses são alguns dos adjetivos que podem ser atribuídos a esse vinho monstruoso. Meu amigo Edinho diz que não gosto de vinho branco e sim de amarelo. Nunca tinha pensado nisso, mas acho que ele tem razão. Por outro lado, qual vinho é branco? Branco é leite, não há vinho realmente branco (já escrevi um post sobre isso, clique aqui). Mas voltando ao vinho em questão, ele é originário de uma propriedade de 15 hectares em Mâconnais, sul da Borgonha, natural, sem sulfitos, e é envelhecido em barris de carvalho por 05 anos antes de ser engarrafado. Isso leva a uma complexidade aromática no estilo de um Vin Jaune ou Château Chalon, com aquelesnoly2 cheiros de biotônico, epocler, misturados a mel e amêndoas. Cor super-alaranjada, que pode confundir os menos experientes, com vinho defeituoso. Na boca é um mamute. Encorpado, denso, volumoso e interminável. Seu final marca por bem mais de 60 segundos. Quem comprá-lo imaginando tomar um Puilly-Fuissé tradicional, ficará chocado com o que vai encontrar. Completamente dissidente do convencional. Emoção engarrafada. Tenho que agradecer publicamente a Jaques Trefois, por ter descoberto esse vinho e tê-lo indicado à World Wine para importá-lo. Parabéns. Em Brasília na Arte e Vinho (tel: 3248-3258).

Adegas e enotecas de Brasília. Imperdível!

ENFIM, CONHEÇA A LISTA COMPLETA DE ENOTECAS DO DF
Mais um serviço de utilidade pública do Site Decantando a Vida.com


enotecaConseguimos lançar pelo DCV mais esta pesquisa útil ao internauta. Em dezembro passado a cidade inaugurou mais duas adegas para venda e distribuição de vinho. Acidentalmente, ao visitar a sorveteria Saborella da super-quadra 112 Norte, deparei-me com uma nova loja vizinha da sorveteria: a Bodega Austral. Pensei: -Nossa Senhora, já devemos ter várias dezenas de lojas na cidade. Foi então, que resolvi fazer um levantamento para publicar no Site. Há um bom tempo que desejava escrever sobre as adegas de Brasília e a espantosa quantidade existente. Sinal de que o mercado anda de vento em “ampola” – apesar dos comerciantes sempre acharem que faltam compradores…o humano nunca está satisfeito, não é mesmo [risos]. O fato é que a Capital a cada dia faz valer a fama de maior consumidora per capita de vinhos finos do País. Um recorde para uma cidade de apenas 50 anos! Um prato cheio para caras como eu – que jamais bebo rótulos repetidos – de escolher à vontade todo tipo de vinho produzido no mundo. Anotem aí a lista completa das 34 lojas.

Adegas/Enotecas:
Art Du Vin – 3365.4078 – QI.3 Lago Sul
Arte & Vinho – 3248.3258 – Lago Sul
Adega Brasília – 3340.2936 – 405 Norte
Adega Bordalesa – 3447.9716 – 308 Norte
Adega do Vinho – 3233.0006 / 3343.2626 – 408 Sul
Adega Laje de Pedra – 3274.7185 – 410 Norte
Banca Revista Maratona – 309 Norte
Bodega Austral – 3964.5699 – 112 Norte
Bordeaux & VINCI – 3248-7311 – QI.13 Lago Sul
Brilho – 3037.4533 – Gilberto Salomão
Casa do Vinho – 3345.1223 – 212 Sul
Casa Ouro – 3248.5058 – Gilberto Salomão
Club du Taste Vin – 3345.0384 – S/N
Empório da Cachaça – 3349.2299 – 314 Norte
Empório do Vinho – 3343.2626 – 104 Sudoeste
Emporium Fernandes – 3344.0065 – 103 Sudoeste
Expand Wine Store – 3226.6800 – 403 Sul  (ambiente p/ degustação)
Fox Importadora – 3345.1242 – 113 Sul
Funil – 3326.3222 – 204 Norte (fechou)
Grand Cru – 3364.0334 – QI.9/11 Lago Sul  (ambiente p/ degustação)
Maison des Caves – 3234.7268 – Shopping Casa Park
Maison D’argent – 3242.4142 – 409 Sul (virou padaria)
Mercado Municipal de Brasília – 3442.4500 – 509 Sul  (ambiente p/ degustação)
Mistral – 3701.1000 – QI.9 Lago Sul
OBA Hortifruti Adega – 3038.8159 – 209 Norte
Portofino – 3274.4472 – 308 Norte
Scotch House – 3225.1153 – 403 Sul
Super Adega – 3403.4700 – Entrada Feira Paraguai
Vinheiro São Vicente – 3340.8450 – 111 Norte
Vintage Vinhos – 3328.8837 / 3326.1500 – Shoppings: Iguatemi/Conj.Nacional
Zahil – 3248.3111 – QI.5 Lago Sul  (ambiente p/ degustação)

Delicatessens:
Adega Don Raphael – 3225.5307 – EQS 102/3 Sul
Belini – 3345.0777 – 113 Sul  (ambiente p/ degustação)
Bonn Delikatessen – 3226.2204 – 204 Sul (fechou)
Chalé Suíço – 3274.5590 – 210 Norte
La Bússola – 3323.5262 – 103 Sul  (ambiente p/ degustação)
La Palma – 3326.3209 – 404 Norte

Villa Francioni Rosé 2008

rose1Eu já tinha tomado esse vinho algumas vezes, mas ele nunca tinha descido tão bem. O rosé da Villa Francioni é um blend de C.sauvignon, C.franc, Sangiovese, Syrah, Petit Verdot, Pinot Noir, Merlot e Malbec, uma verdadeira salada de frutas com 13,6% de teor alcoólico.rose2 Sua cor casca de cebola, lembrando os rosés provençais, sugere um vinho leve e descontraído, mas que acompanha magnificamente uma refeição à base de peixes com molhos delicados e camarão. Na boca, apesar de 2008, apresentou uma acidez crocante e muito refrescante. Aromas lácteos e cítricos se notam presentes nesse vinho, que em 2009, encantou a Madonna quando esteve no Brasil. A safra atual desse rosé é 2008, mas acredito que este ano a vinícola deve lançar sua nova edição.

Cornellana e tender: inacreditável harmonização

cornellanaA exatos seis meses provei um exemplar desta bodega chilena que não era lá uma “coca-cola”, mas… Um vinho bem feito, com todas características de novo mundo, mas sem exageros. Achei ele na adega Pão de Açúcar, por 35 reais. Um vinho bom para mesa do dia a dia que dá vontade de beber outros. Na época, tomei um exemplar superior (ver minha análise na página Avaliações-DCV), o qual era um Gran Reserva merlot/cab./syrah/carmenere, onde no novo mundo não quer dizer muita coisa – o que é bem diferente na Europa!

Desta vez tomei o Cornellana Reserva Carmenère 2009. Para a ocasião preparei um tender de fim-de-ano, com minha receita: de véspera marinei o defumado num molho de mel (bastante mel), açúcar mascavo, vinho branco e suco de laranja. No dia seguinte assei por 50 minutos (forno baixo: 130 graus), coberto com papel alumínio. Depois mais 30 minutos para dourar, decorado com cravos-da-índia. Fica delicioso!

O Cornellana Carmenère é um vinho leve que lembra um beaujolais, sem aquele toque quase frisante do francês. Produzido pela Viña la Rosa, exalou aromas de couro, chocolate e caramelo. Na boca ele impressionou como harmonizante. Frutado, principalmente amoras frescas, e leve herbáceo. Corpo de médio para leve e cor violácea característica da pouca idade, o que o faz parecer ainda mais com um beaujolais. Voltando à combinação vinho e tender, a mesma ficou tão perfeita – como poucas vezes tenho experimentado nesta vida de enófilo -, que uma garrafa foi pouco para tanto deleite. Para quem quer experimentar uma harmonização sem erros, eis uma dica sem precedentes [risos]. Interessante notar que o rótulo da garrafa traz a indicação de prová-lo com sobremesas de chocolate. Parece que eles acertaram em cheio.

Abadal Pla de Bages Reserva 2003

abadal1Um blend de merlot (80%), cabernet (30%) e syrah (10%), este exemplar robusto da Espanha é um ótimo vinho feito ao estilo moderno da Catalunha. Produzido pela reconhecida bodega Masies D’Avinió, que sempre obtem vinhos de alto conceito e grande expressão. Com 14 meses de barricas, possui cor rubi e forte corpo. Recomendado para acompanhar carnes de caça. R$ 78,00Portofino / Decanter.

Porta dos Cavaleiros: um clássico da “terrinha”

pcavaleirosDão Porta dos Cavaleiros 1996. Este clássico de Portugal foi provado semana passada e estava guardado em minha adega há três anos… apreensão ao abrir, pois sua rolha estava debilitada, chegando a se partir, mas felizmente não prejudicou o vinho. O lacre é de cera aplicada artesanalmente; pode-se imaginar ela sendo derramada derretida sobre a boca da garrafa. Super bacana (vejam foto abaixo)!

O interior da ampola apresentou-se incrivelmente inteiro, apesar de poucos aromas. Na boca ainda mantinha notas de chocolate, pouca adstringência e muita borra pelo demasiado tempo de guarda e o tipo de armazenamento, sem filtragem. Feito de uvas Touriga nacional, Aragonês, Alfrocheiro e Gaen. Vinho fácil, excepcional acompanhamento para uma boa refeição. Diria que pelo capricho na produção ele possa realmente aguentar mais 10 anos (como o da safra 86), mesmo que não evolua mais. 

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Sua safra 1986 chega a ser comercializada por 200 dólares!…muito pela tradição do que pela qualidade. Esta que bebi (1996) me custou U$ 25. Valeu pela história, que remete à vinícola Caves São João, uma das melhores do Dão para vinhos de guarda. E que envelhecimento! Para quem aprecia estas belas ampolas portuguesas de tradição e elaborada produção, eis a dica! Não percam esta oportunidade de provar um vinho de guarda facilmente acessível e valioso.

Astralis 2005

astralis1O vinho Astralis se tornou um ícone no mundo dos vinhos. Seu preço atingiu patamares superiores a alguns premier grand cru classe de Bourdeaux. Sua procura é tão grande que se tornou difícil achá-lo no mercado, para o Brasil vêm pouquíssimas garrafas. Pois bem, consegui duas garrafas dessas e resolvi abrir uma no penúltimo dia do ano.

Vinho feito por Roman Bratasiuk na Austrália, (ele produz 07 Syrah, 05 Grenache, 03 Cab. Sauvignon e 01 Merlot) todos varietais, de vinhedos únicos e envelhecidos em carvalho francês. Cultivo biodinâmico, vinhas velhas (80 anos) de pé-franco (pré-filoxera). O vinhoastralis3 tinha todos os predicados para ser um grande vinho, marcante, digno de encerramento de ano. Não foi o que ocorreu. O Astralis 2005 se apresentou com pouca complexidade aromática, apenas aromas de hortelã e frutos doces, parecia em estado de latência. Na boca bem agradável, encorpado, mas sedoso, porém nada que o distinguisse de vários outros vinhos que já tivesse tomado. Resumindo: Muito pouco para o que se esperava desse exemplar. Vou guardar a outra garrafa (2003) para tomar em outra oportunidade, e ver se a primeira impressão se desfaz.