Pesquera 94 e 95

pesquera1Dois vinhos espanhóis Pesquera foram tomados nessa semana. Um era o Reserva Especial 1994 e o outro um Gran Reserva 1995. Esses vinhos são da denominação Ribera del Duero, feitos pela bodega Alejandro Fernandez. Estavam bem evoluídos, com as rolhas pesquera2encharcadas e cor bastante atijolada. O 94 Reserva Especial foi servido primeiro e curiosamente não tinha aqueles aromas iniciais de redução, estava bem aromático com alguma fruta ainda, mas logo predominou o fumo. No decorrer da prova ele se mostrou cansado e rapidamente entrou em declínio, causando decepção. O 95 Gran Reserva estava mais vivo, inclusive na cor, que se mostrou mais brilhante que a turva do anterior.

Duque de Viseu Tt 2004

cviseuO Duque de Viseu Tinto é um vinho português elegante, rico e feito com muito esmero. É uma das principais referências da região do Dão há mais de uma década. Duque de Viseu é um vinho produzido na Quinta dos Carvalhais, o projeto da Sogrape que liderou a renovação do Dão. Feito das uvas Touriga Nacional, Tinta Roriz e Alfrocheiro, estagiando 12 meses em barricas. R$ 58,00 – Zahil.

50 Mil acessos!!!

50mil

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Vinhos e pratos do editor-Cozinheiro (1)

selb-oster-lulaNos próximos dois posts vou deixar os internautas com água na boca [sorry, fellows!], pois preparei nos últimos finais-de-semana, um carnaval de comidas pra lá de gostosas, e é claro com seus inseparáveis vinhos de acompanhamento. Vamos a elas.

O primeiro prato foi um Risoto de lula, com açafrão e limão italiano (siciliano aos desavisados), que ficou simplesmente, digamos, perfeito! O segredo da lula é grelhá-la apenas salteando numa frigideira por quatro minutos e reservá-la, retornando-a ao arroz só nos minutos finais do cozimento do risoto, para não perder a crocância. Assim você não correrá o risco dela emborrachar. Ciência na Cozinha: caso, eu disse, caso o primeiro salteado ultrapasse os 4 min., então deixe-a cozinhando por no mínimo 25 minutos, senão antes deste intervalo ela irá endurecer com certeza. Este é o processo por que passam as carnes dos moluscos quando submetidas a cocção. Por isso muita gente por aí come lula parecendo borracha e não sabe o motivo. Agora está explicado.

O vinho de acompanhamento foi bem apropriado. Explorei um branco da Alemanha, o Selbach-Oster Riesling Spätlese 2007. Um branco austero, com notas untuosas na boca. Característica não comum para este tipo de vinho alemão. Untuosidade esta a qual não pretendia ao harmonizar com a lula. Mas aprovei devido às outras características. Ele tinha boa citricidade, sem amargor. Laranjas surgem no aroma e um discreto sabor de uva adocica o paladar. Nada parecido com a suavidade dos Auslesse ou Kabinet que estou acostumado a provar.

Grandes Vinhos Franceses

arboisMais umas “amostras”, trazidas direto da França pelo amigo Jo, surpreenderam nossos paladares. Servidos às cegas, cada vinho em um decanter, se destacaram pela mineralidade, sutileza e originalidade.

O primeiro foi um branco de cor bem clara, translúcido, com muita mineralidade e acidez, que se prolongava na boca. Era um sauvignon Blanc safra 2008, do agora Domaine Dagueneau, vinificado por Louis-Benjamin Dagueneau, filho de Didier Dagueneau (falecido em acidente de ultraleve em 2008), e que segundo o Jo, é melhor que o pai. Era o vinho de entrada Blanc Fumé de Pouilly que lembrava bastante o top Silex, pela cor, acidez e mineralidade.   

O seguinte tinha uma delicadeza na boca e explodia morangos no nariz. Cor bem clara e leve amargor final. Não me enganei, aquele era um vinho repetido, o excelente Pinot Noir Reserve do Barmes-Buecher (Alsácia) já descrito aqui. Esse já está à venda na Adega do Vinho (61-3343 2626).

O último era mais claro ainda, corpo bem leve, cor alaranjada, nariz medicinal de iodo. Apostei ser um Borgonha envelhecido, mas para minha surpresa era um tinto do Jura. Feito da uva Poulsard, era um Arbois 2007 do Jacques Puffeney, não vendido no Brasil.                                             

Bordeaux 98 excelente!

lesparre1Outro Bordeaux não muito conhecido, mas de alta qualidade, o Grand Vin du Château Lesparre pertence à apelação Graves de Vayres que fica nos vinhedos de Entre-Deux-Mers.

O produtor é Michel Gonet, que curiosamente também faz um champagne engarrafado à moda antiga, quando ainda não existia a gaiola que segura a rolha e a mesma era presa com barbante.lesparre2

O vinho passa por um primeiro estágio em barricas novas de carvalho francês durante 10 meses, depois passa mais 6 meses em um novo jogo de barricas novas. Após esse período os vinhos das melhores barricas são selecionados para compor o produto final. Feito de 75% merlot e 25% C.Sauvignon esse vinho da safra 1998 está prontíssimo, bem Borgonha, com a cor clara atijolada, aromas de chá preto e taninos nada agressivos. Um vinho para ser tomado já, pois não irá melhorar. No ponto.