As melhores garrafas de 2011!

Houve outras, mas por motivos alheios à minha vontade, não pude ter a posse das mesmas para estarem na foto. Aí vai:

melhores2011

Da esq.p/dir: PulignyMontrachet 1 cru-Domaine Leflaive “Clavoillon” 06 (branco), La Tâche 94, Corton “les Pougets”-Domaine de Montille 04, Clos Rougeard “le Bourg” 07, Clos Rougeard “brézé” 06 (branco), Corton Clos du Roi-Domaine Prince Florent 04, Pouilly-Fuissé “les Chevriéres”-Domaine Valette 06 (branco), Perrières- Marc Kreydenweiss 08 (Rhone)

Ponto NERO Brut

nerowNeste Natal e fim de ano abra um bom representante do espumante nacional. O Ponto NERO Brut da Dommo, subsidiária das empresas Valduga é ótima opção. Cor amarelo palha com reflexos esverdeados, perlage de borbulhas finas, delicadas e persistentes. Aroma fino e delicado com notas de frutas tropicais e maçã. R$ 31,00, na VinhosWEB.Com.

Você sabe decantar Champagne?

Sabe aquela história de que Champagne sem perlage não tem graça? Isto está mudando, nem só de borbulhas vivem os espumantes. Hoje em dia está se dando muita atenção aos aromas desses vinhos, mesmo que o perlage seja sacrificado. Para o desenvolvimento desses aromas, que até então eram secundários em relação às borbulhas, os espumantes estão sendo decantados (na verdade aerados), e para isso há algumas dicas que devem ser seguidas.
champagne3

A primeira dica é se usar um decanter de pescoço longo, bojo estreito, igual ao usado para vinhos tranquilos envelhecidos, que irá gerar uma perda de 15% a 20% do perlage, mas proporcionará aromas que dificilmente aparecem quando o espumante é servido diretamente na taça flute.
champagne2

A segunda é manter o Champagne por 30 minutos em decanter e depois servi-lo em copo para vinho branco e não em copo flute.
champagne1

A última dica é, sempre que possível, passar champagnes envelhecidos, principalmente os safrados, pelos decanters. Nesses vinhos o perlage já não será tão intenso, e os aromas se desenvolverão mais rapidamente, mas não se esqueça de diminuir pela metade o tempo de aeração e servir a uma temperatura um pouco mais alta.

Abaixo 02 curtos vídeos de decantação de Champagne:

http://www.youtube.com/watch?v=aWSsVyEWVuI&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=QGWfqonxv_A&feature=related 

Sassicaia e um Bordeaux 1er CRU

sassicaia1O jantar de Confraternização de fim de ano da confraria Amicus Vinum, preparado pelos confrades Renzo, Mário, Keyla, Adroaldo, Ângela e Antonio (este Editor), foi brindado com duas ampolas “de peso”.

O primeiro foi o Château Figeac 2005, um clássico Bordeaux Premier CRU da comuna de Saint-Emilion, da laureada safra 2005. Corpo médio, com aromas de estrebaria e baunilha. Corte tradicional de Cabernet sauvignon, merlot e Cabernet Franc. Ainda fechado devido a pouca idade – seis anos para um destacado Bordeaux é muito cedo para mostrar seu potencial. E potencial definitivamente este exemplar tem de sobra. Nota: 92 pts.

Para minha alegria, a noite foi especial pela prova do segundo vinho, um Tenuta San Guido – Bolgheri Sassicaia, o lendário Sassicaia. Apesar da safra ser 2006, o que confirmou nos aromas e no sabor, este fabuloso supertoscano estava como um bebê: novinho e fechado. Mas se engana quem pensa que não tinha “pegada”. Incrivelmente, estava quase pronto ao consumo. Afora a adstringência marcante (que deve ser amainada com umas três horas de decanter), mostrava seus dotes de elegância, longevidade e complexidade. Aromas de mentol e couro. Ele foi o primeiro vinho italiano a estagiar em madeira [no início da década de 1970], como também o primeiro a usar uvas não autóctones, pois é feito basicamente de Cabernet Sauvignon. Por isso foi chamado de “Super Toscano”, o primeiro supertoscano da história vinícola da Itália. Nota: 93 pts.

No Brasil este vinho ganhou uma emocionante e lendária história contada no filme Estômago, do produtor Marcos Jorge e ganhador do Prêmio Melhor filme do Ano 2008, no festival do cinema brasileiro. Clique (aqui) para ver matéria sobre o filme. Agradeço ao amigo Mário Viggiano por trazer este clássico vinho direto do País da Bota. Valeu!

A Tunisia também faz vinho. E bom!

tunisiavinho1Há cerca de um mês provei um vinho novo para mim, e que não sabia que o país de origem produzia vinhos. Assim como eu, creio que muita gente também nunca ouviu falar. Esta ampola vem da Tunisia, um pequeno país às margens do Mediterrâneo, no norte da África. Assim como ocorre com o Líbano e adjacências, a antiga região da Tunisia também produzia vinho há mais de 3 milênios, sendo os Fenícios os primeiros a fabricarem. Não sei bem quantos rótulos são exportados hoje, mas devem ser muito poucos exemplares, e só aqueles com potencial comercial, certo. Os franceses é que estão reerguendo a vitivinicultura da região, que identificam o norte do País como ideal para produção.

O degustado da vez foi o Chateau Mornag – Les Vignerons de Carthage 2006. Um corte de Carignan, Syrah e Merlot.tunisiavinho2 No nariz vieram compotas e especiarias. Na boca médio corpo com taninos macios. Bem elaborado e coerente, com boa estrutura até para curta guarda (5-7 anos). Surpreendeu a elegância. Harmonioso e com certa complexidade, não muita, mas o suficiente para satisfazer paladares mais treinados. Da mesma forma que os vinhos da Grécia, Líbano e redondezas, traz a característica do velho mundo, mas com um sabor de terroir muito autêntico. O que amei, é lógico! Nota: 86 pts. A prova desta ampola foi feita no restaurante Lagash (Brasília), já famoso por oferecer rótulos de países, digamos, fora do eixo comum na produção de vinhos.
Aconselho a prova; vocês não irão se arrepender!

O Sucesso do Deguste de Formatura

Foi um projeto final para ficar na lembrança.
Aproveito este espaço para agradecer a todos os amigos do vinho e da gastronomia, que prestigiaram meu projeto de Jantar de conclusão do curso de Gastronomia. Para quem não está familiarizado com a vida universitária, esclareço que a entrega do plano de trabalho, neste caso específico da gastronomia, era a venda direta ao consumidor de 50 pratos em um restaurante comum da cidade. Sem o qual não é possível finalizar o projeto, além da entrega do relatório TCC-Trabalho de Conclusão de Curso. Um agradecimento especial ao meu grupo e parceiros de panelas: Renata Berford, Pedro Eneas e Jorge Lourenço. Vocês estarão sempre no meu coração! VALEU.

p1010079ap1010068ap1010115ap1010114a

A galera atendeu prontamente nossa convocação e compareceu em peso. Foram 61 comensais a lotar o pequeno restaurante Albamonte aqui de Brasília, que se esmerou pelo atendimento aos convidados. Vocês foram verdadeiras “cobaias” que me ajudaram na conclusão desta aventura magnífica e que me enche de orgulho, após quase 14 anos longe dos bancos universitários. E lá se vão quatro cursos superiores!

Um sabor especial é o que absorvi nestes dois anos que passei literalmente dentro das cozinhas e dos laboratórios do IESB. Agradeço imensamente aos professores e especialmente àqueles que se tornaram meus mestres, pois lembro que professores há muitos mas somente os poucos mestres permanecem em nossa mente até a morte. Agradeço, ainda, ao parceiro apoiador ART du VIN, que abrilhantou o Jantar com seus vinhos, representando o Brasil e a Itália.

p1010023ap1010008ap1010036ap1010123a

Um agradecimento especial a minha família, que além da tarefa de “cobaia”, acreditaram no meu novo projeto de vida e nesta louca empreita. Foi uma celebração à aventura! Meses e meses de treino duro de fórmulas, receitas, preparos saborosos e outros nem tanto. Muito estudo técnico e teórico dos alimentos e sua produção, na cozinha e fora dela. O estudo de empreendedorismo foi muito salientado na teoria e na prática. Planilhas e planilhas de cálculos que íam da produção industrial ao projeto de negócio, dos percentuais calóricos dos alimentos ao controle de estoque e caixa em retaurantes. Enfim, um curso abrangente e com ótima “pegada” na cozinha e fora dela, no salão, principalmente.

p1010047ap1010046ap1010118ap1010106a

Valeu galera! Obrigado por tudo. Principalmente pela paciência nestes dois anos.
De alma lavada e agora coroada pela nova profissão conquistada, me preparo para fazer valer o diploma de Gastrólogo.
Um forte abraço a todos.
Antonio Coêlho [Cozinheiro in Chef]

Degustação imperdível de Fim de Ano

Degustação imperdível de Fim de Ano. Serão dois vinhos da Borgonha e uma raridade do Loire. Confira:

almoodcv3

Chateau de Latour Clos Vougeot Grand Cru- VIEILLES VIGNES 2004

Considerado um dos melhores Clos Vougeot e o único a vinificar dentro da propriedade (uma construção histórica estabelecida em 1336). A família Labet tem 6 hectares dos 50 totais (maior proprietária) deste que é um dos mais famosos vinhedos do planeta. 100% Pinot Noir.

Esse exemplar é o top da vinícola (vinhas velhas), feito de videiras plantadas em 1910 (101 anos). R$ 1.509,00 (Safra 06; a 04 não está mais disponível) na importadora Decanter.

almoodcv4

Clos Rougeard “le Bourg” 2004

Fantástico vinho do Loire, 100% Cabernet Franc, top da vinícola que só é feito em safras especiais. Produção de apenas 3.200 garrafas, 1/5 da produção fica na vinícola e o restante é rapidamente adquirido pelos restaurantes 3 estrelas da França. Raridade, não tem importador no Brasil. Sem oferta.

almoodcv2

Nuits St.Georges Domaine Bouchard Père Et Fils 2008

Vinícola com mais de 100 anos de tradição, esse exemplar apresenta um rubi com reflexos azulados. Aromas apimentados com notas de compota de frutas vermelhas misturadas com um toque de tabaco. Boca de sabor intenso, rica e carnuda, com taninos muito agradáveis. 100% Pinot Noir, R$ 290,00 na importadora Grand Cru.

almoodcv1

SERVIÇO:

Entrada: Capuccino de Cogumelos Trufados

Prato: Coq au Vin

Sobremesa: Crepe Suflê Caramelado com Calda de Maracujá

Água com e sem Gás.

Preço: R$ 290,00 por participante.

Vagas Limitadas a 09 (nove) Pagantes.

Inscrições só serão confirmadas mediante comprovação de pagamento.

Data: 17/12/2011- Sábado

Local: Restaurante L´Affaire (Shn Qd 5 Bloco I
Asa Norte- no Hotel Mercure Brasilia Lider- ao lado do McDonald´s do Eixo Monumental).

Hora: 13:45 (às 13:45 recebemos os pontuais com espumantes e às 14:00 iniciamos)

Outras despesas correrão por conta do solicitante.

Inscrições pela seção Comentários (deixando e-mail e telefone para receber orientações de depósito bancário) e pelo telefone 61-8412 9781.

Almoço Harmonizado com Clos Rougeard “Le Bourg”

Conheça um pouco sobre esse vinho raro, que em breve estará presente em um almoço harmonizado de fim de ano (apenas 09 vagas) que estaremos anunciando aqui no DCV:

Clos Rougeard é uma das mais antigas propriedades do Vale do Loire, e ainda assim são quase anônimos nos EUA. De propriedade da família Foucault desde 1894, Clos Rougeard emprega a receita habitual para a excelência absoluta: terroir excepcional, vinhas velhas, rendimentos extremamente minúsculos, e incrível atenção aos detalhes.

Nadi e Charlie, os dois irmãos que tocam a propriedade, também aderem as tradições antigas da família, de agricultura biológica, engarrafamento sem filtragem e mínima trasfega, para manter os vinhos em sua forma mais pura e menos manipulados.

almoodcv4

Saumur Champigny “Le Bourg”
3.600 garrafas produzidas
Veja a degustação aqui

Vinho top dos Foucault (não é produzido em toda safra) feito à partir de vinhas de 80 anos de Cabernet Franc, cuidadosamente podadas para produzir rendimentos extremamente  baixos, mesmo para o Vale do Loire. “Le Bourg” é super concentrado, com níveis intensos de frutas, com sabores de especiarias, trufas, violetas e tabaco.

Por que você não ouviu falar de Clos Rougeard?

Há uma série de razões para que uma das melhores propriedades de Cabernet Franc em todo Loire seja desconhecida nos EUA, e consequentemente em vários outros países.

O vinho é feito em quantidades absolutamente microscópicas: a propriedade produz quatro vinhos diferentes (3 Cab Franc e um Chenin Blanc), que respondem por uma produção total de 2.700 caixas.

Os irmãos proprietários, Nadi e Charlie, mantêm 1/5 da produção na propriedade.

Restaurantes franceses 3 estrelas e o público francês, adorador dos Foucault, adquirem a maior parte da produção, e não mais que 30 caixas de qualquer cuvee chega a Nova York por ano.

Nem os vinhos dos Foucault , nem a região (Loire) são avaliados por críticos de renome internacional.

Oportunidade única. Aguardem!