Yellow Tail Shiraz 2010

yellow_tailEste vinho é um campeão de vendas nos EUA pela sua simplicidade e custo/benefício. Não quero encher sua bola, mas seu preço faz com que supere qualquer preconceito! Produzido na Austrália. Notas frutadas e boa concentração pela uso da madeira, como a maioria dos vinhos do novo mundo. Vale muito para os almoços do dia a dia e para acompanhar aquela macarronada simples, sem muitos acessórios.  🙂 R$ 29,00 – Super Adega (DF).

WorldWine Experience 2012- Veja Como Foi!

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Comentar vinhos tomados em uma feira não é um trabalho fácil, principalmente quando se está na melhor feira de vinhos que uma importadora já fez na cidade.

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Cerca de 400 rótulos de todo o mundo e de qualidade irrepreensível. Taças grandes (e não aquelas ISO) e muita água, inclusive importadas (Perrier e San Pellegrino).

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Falando dos vinhos, os que mais me encantaram foram os seguintes:

Billecart-Salmon Brut Rosé (Champagne), Chateau Roubine rosé Cru Classé (Provance), todos os vinhos naturais alemães do Clemens Busch, os Riesling Hugel do simpático Etienne Hugel, o fantástico Bordeaux natural Château Penin “Natur”- 100% merlot-de Patrick Carteyron, os borgonhas Le Renard do Domaines Devillard, o Capellania (branco) e o Castillo de Ygay (tinto) de Marques de Murrieta (Espanha), Chateauneuf du Pape do François Perrin (Beaucastel) e seu Muscat, Sagrantino de Montefalco (Collepiano e 25 ani) de Arnaldo Caprai, o lançamento português Carm Zero So2, o Le Puy (Bordeux biodinâmico), Philippe Pacalet (Pommard, Chambolle-Musigny e Mersault- todos Village), o Bordeaux branco de André Lurton-Ch. La Louviére, Clos Ouvert Primavera– um chileno formidável…

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Parabenizo a importadora por essa primeira jornada na cidade e agradeço a receptividade de Celso La Pastina, Juliana La Pastina, Mathieu Péluchon, Crislene Gomes e toda equipe WorldWine que juntos fizeram esse evento inesquecível.

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Brasília 52 anos – nós Amamos tudo isso!

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AMOR, PAIXÃO, ALEGRIA, SATISFAÇÃO, GRATIDÃO, EXTASIAMENTO, CUMPLICIDADE, UNIVERSALIDADE…

São tantas palavras de sentimentos que inspiram esta Cidade. 

Do desenho criamos um mundo,
uma vida!!

UMA HOMENAGEM DO SITE DCV A TODOS NÓS, CANDANGOS E BRASILIENSES, QUE SOUBEMOS TORNAR REALIDADE O SONHO DO CRIADOR.

PARABÉNS !!

Vinhos Sem SO2 e Alta Graduação Alcoólica

A vinícola chilena Clos Ouvert, administrada por dois franceses sofreu muito com o terremoto de 2010. 70% da produção foi perdida. Louis-Antoine Luyt saiu da sociedade para formar a vinícola que leva seu nome.

Seus vinhos ainda não têm importador no Brasil, porém tive a oportunidade de provar dois de seus exemplares. Ele faz vinhos sem nenhum sulfito, de alta graduação alcoólica e sem filtragem. Em um dos rótulos havia escrito “Puro Vino Generoso”, que em Portugal implica em vinhos fortificados (com adição de álcool) resultando em teor alcoólico de 14 a 18 GL. Como os vinhos são chilenos não sei afirmar se esse processo ocorre nesses exemplares. Contudo não ficaria surpreso, pois o Cot Rouge tem 16,5%, o Huasa Pais 15% e o branco 16,5%.

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O primeiro vinho degustado foi o Cot Rouge. Cor altamente turva com aromas de cereja e um pouco de estrebaria. Amargor que não deixa ficar enjoativo e nenhum adocicado presente. Lembra muito os borgonhas sem sulfito do Pacalet. Vinho bastante interessante, com decantação altamente recomendada. O vinho tinha 16,5 % de álcool que inicialmente assustou, mas na prova ele não se mostrou agressivo.

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O outro vinho foi o branco feito da uva Moscatel Rosada. Também com 16,5% de álcool e sem sulfito, esse foi o branco de maior teor alcoólico que já provei. Novamente o número impresso no rótulo parecia estar errado, pois o álcool em nada agredia. Esse é um exemplar intrigante. Cor bem amarelada, novamente turvo, com aromas de gengibre e quentão, lembrando muito o chardonnay zero So2 do Marco Danielle.

 

Williams Selyem 08, Pinot Americano sem importador no Brasil

Pinot Noir americano, mais precisamente de Sonoma na Califórnia. Vinho concentrado para quem tem preferência por pinot da Borgonha, Loire ou Alsace. Um vinho com 14,2 de graduação alcoólica e de cor mais escura que o normal. Aromas explosivos de geléia de mirtilo e amora com toques de morango e framboesa. Resumindo: nariz adocicado.

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Na boca não se nota desequilíbrio do teor alcoólico, mas é um vinho muito encorpado para os moldes da pinot noir. Ele se expande e satura o paladar com sua força. Tanino doce, um pouco picante e de final longo.

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Eu nunca havia bebido esse vinho e morria de curiosidade em conhecê-lo. Já li algumas críticas que o consideram o “melhor” pinot americano, mas para mim faltou aquele amargor que te faz buscar o próximo e o próximo… gole. Esse vinho não tem importador no Brasil e custa uns 150 dólares nos EUA. Talvez se na garrafa estivesse escrito Shiraz no lugar de Pinot eu tivesse gostado mais. Para quem aprecia o estilo encorpado, baixa acidez e nariz adocicado é um belo vinho. Talvez eu tenha implicado um pouco por esperar muito desse vinho e pelo fato de ter sido tomado na sequência do Montrachet 98 que postei aqui.

Feira da World Wine pela primeira vez em Brasília

Acontece nessa quarta-feira dia 18/04 a World Wine Experience. Feira da importadora paulista que ocorre pela primeira vez na cidade. Grande oportunidade de conhecer os vinhos trazidos por essa diferenciada empresa.

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World Wine Experience:

Dia 18 de abril/ Brasília

Local: Hotel Naoum (SHS Qd. 05, Bloco H)

Horário: das 17h00 às 21h

Valor do ingresso: R$ 180,00

Ingressos no Restaurante Piantella (3224-9408) ou na Expand (3226 6800).

Vinhos Chilenos Antigos

Noite de vinhos chilenos de safras antigas. Confesso que já não sou mais tão fã de vinhos potentes e de muita extração como costumam ser os exemplares do novo mundo. Taninos nervosos, cor negra, aromas doces e mentolados não são características que me entusiasmam e são essas as mais encontradas nos exemplares chilenos e argentinos. Pois bem, tenho que admitir que os vinhos degustados fugiram bastante das características expostas acima.

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O Domus Aurea 1998 apresentou incríveis aromas de cominho e curry que jamais havia percebido em um vinho chileno. Couro e estrebaria também presentes, com taninos suaves e fáceis. Um super-vinho.

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Em seguida foi aberto o Morandé Edición Limitada Carignan 2001. Vinho de Pablo Morandé, feito de vinhas muito velhas. Outra pluma para um vinho chileno. Muito caramelo e biscoito no nariz, novamente taninos amigáveis. O mais “chileno” dos três.

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Por último abri o Cabo de Hornos 1999. O mais elegante da noite. Maciez, suavidade, taninos encantadores, acidez e mineralidade na medida. Vinho dificilmente encontrado hoje em dia. O preferido da rodada.

Os três vinhos apresentaram turbidez, devido ao remanescente de sedimentos, mas isso em nada interferiu na qualidade dos mesmos. Embora tenham se tornado mais domados e elegantes pelo envelhecimento, não espere tomar um vinho chileno ou argentino envelhecido com características de um francês por exemplo. Sempre apresentarão o esqueleto da região. Exceções existem, como o argentino Monchenot, mas como disse, são exceções.

Finalmente Vinhos do Jura em Brasília!

Finalmente chegaram a Brasília os fantásticos vinhos do Jura. A única loja da cidade que comercializava vinhos dessa região era a finada Club du Taste Vin, dos franceses Christian e Patrick. No Brasil conheço apenas a referida (que ainda existe no Rio de Janeiro) e a paulista Le Tire Bouchon a trabalhar com vinhos dessa região, se souberem de outra me avisem, por favor. Ambas importam vinhos do mesmo produtor o Domaine Baud e Fills.

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Apostando no mercado de vinhos autênticos a importadora Decanter também resolveu investir nos vinho do Jura e está importando do Domaine Rolet.

Os tintos vão na contramão dos parâmetros atuais de potência e extração. Possuem cor delicada lembrando pinot e aromas cativantes, com muito frescor e mineralidade.

Já os brancos são desconcertantes e podem envelhecer décadas. Alguns deles como o Côtes du Jura e o Arbois Vin Jaune, envelhecem de 4 a 6 anos em barricas deliberadamente expostas ao oxigênio, mas sob a proteção de um véu de leveduras semelhante ao Jerez. Normalmente apresentam um nariz doce de amêndoas e mel, mas na boca é sequíssimo.

Para acompanhar esses vinhos a Decanter Brasília– 308 norte-D-lj.59 tel:3349 1943- trouxe cunhas do queijo Comté (único local na cidade em que encontrei), que faz uma das mais gloriosas harmonizaçõs queijo-vinho já inventadas.