Vinhos argentinos diferenciados e uma mega noite!

DegARG1Semana passada chamei alguns amigos para abrir aquelas ampolas diferenciadas que trouxe da Argentina, e ofereci numa noite típica, com direito a Parrilla no estilo portenho. Os vinhos provados estão na ordem de serviço abaixo. Além das carnes da Parrilla, foi servido ainda completos acompanhamentos como vinagrete e farofa, autênticas empanadas de frango, calabresa e tomates. Primeiro fizemos a degustação dos CINCO vinhos da noite como manda o figurino (em taças ISO). Depois foi servido o jantar com os Bifes de Chorizo e Bifes Ancho, que todos se deliciaram. Participaram da degustação: Antonio e Márcia, Bodani e Marina (a fotógrafa que registrou o evento), Nilzélia e Tadeu, Heriberto e Roberta, a Chef Renata e Wang TS, e o amigo Germano.

Coquena Rosé 2011 – vinho forte, meio adocicado, quase combinando com algumas carnes servidas no jantar. Produzido em Salta, bem ao norte da Argentina e fora do circuito usual de Mendoza. Feito de malbec e um fabuloso projeto de um dos maiores enólogos, o Marcos Etchart, com só 14mil garrafas. 85 pts. El Peral 2011 – um dos preferidos da noite, escolhido segundo melhor para vários degustadores. O mais europeu dentre todos! Varietal malbec e nada de madeira – só três meses que lhe rendeu uma harmonização perfeita na acidez! Muito equilibrado, com suavidade flora da pele. Tido pela maioria como “super estiloso”. Safra muito nova; vai evoluir muito bem por mais quatro anos! Criação do enólogo Rafael Rutini. 89 pts. Piedra Parada 2007 – um dos vinhos mais austrais do planeta – fica no Paralelo 42g S, na região de Chubut, Patagonia. Esperava mais deste vinho, mas decepcionou um pouco. Diferente blend de Merlot e Pinot noir, sendo produzido organicamente com tiragem de apenas 6mil garrafas. Tido como pior da noite, 84 pts.
Argent3Argent1Argent8

Argent4Argent9Argent6
San Pedro de Yacochuya 2008 – um corte de Cabernet Sauvignon (85%) e malbec (15%) feito por M.Etchart, a 2035m de altitude em Salta (Cafayate). Impressiona o teor alcóolico (15,4%) plenamente integrado aos 12 meses de barricas. Um vinho que desce redondo, já pronto, mesmo merecendo alguns anos a mais de guarda. Foi um dos escolhidos da noite por três participantes: 90 pts. Yacochuya 2007 – o top da vinícola de M.Etchart, com assinatura do francês Michel Rolland. A prova comprovou os alertas: estava muito novo, pois trata-se de um dos poucos brilhantes argentinos de guarda. Puro malbec e 18 meses amadurecendo em barricas lhe dão força para anos, senão décadas de descanso. Mas provou ser harmonioso e elegante; bem diferenciado entre seus pares argentinos opulentos e sem espírito. Repetindo o San Pedro, termina com 15,3% de álcool muito bem integrados e despercebidos na boca, 91 pts. Três participantes o escolheram melhor da noite, apesar de quase todos concordarem de sua selvagem jovialidade! Resta agora provar o útimo lote de rótulos argentinos diferenciados, de autor e artesanais, que trouxe na bagagem de viagem. Em breve estarei relatando sobre eles aqui para nosso leitores.