O Sancerre de Didier Dagueneau!

Durante anos, Didier sonhava em fazer vinho a partir deste vinhedo localizado em Chavignol, provavelmente o mais prestigiado da parte superior do Vale do Loire. Seu querido amigo e mentor, Edmond Vatan, o inspirou e finalmente no término dos anos 1990, ele tinha uma pequena parcela de 1/2 hectare no coração do vinhedo. Comprou-a e em seguida teve que lutar com as autoridades locais da AOC, por alguns anos, para plantar. Finalmente em 2000, foi concedido o direito de plantar uma pequena porção de vinhas a cada ano.

Confesso que sou avesso ao óbvio, ao lugar comum. Sempre foi assim. Na época do cd os meus preferidos sempre foram os mais difíceis de encontrar, fosse no país ou no exterior. Hoje, com a internet, praticamente não há mais música difícil de encontrar.

lemont1

 

No vinho é a mesma coisa. Os vinhos que procuro normalmente são coisas bem intrigantes de se conseguir, por isso quando meu amigo Guilherme Mair, do Um papo Sobre Vinhos, me convidou para tomarmos um exemplar do Didier Dagueneau, que jamais vi aqui pelo país, fiquei emocionado.

lemont2

 

O vinho era o Sancerre Le Mont Damné 2008, Chavignol de Dagueneau. Que vinho, como todos dele, que mineralidade e acidez, envolvidas em uma cor amarela, cristalina de muito brilho. Um sauvignon Blanc como só ele sabia fazer. Barricado, mas sem excesso, salivante e com aromas delicados de manteiga com limão. A acidez dos vinhos do Dagueneau chegam a incomodar os desavisados, mas acompanhados de um queijo de cabra formam um verdadeiro amálgama de sabores.