Chega ao fim nossa visita às vinícolas brasileiras no Vale dos Vinhedos e nos sentimos muito orgulhosos de ver a evolução das cantinas nacionais. Usando as palavras do amigo de viagem, Adro, “fiquei impactado positivamente com a qualidade técnica da produção de vinhos no Brasil (Serra Gaúcha).” Uma enorme surpresa. É bem certo que esbanja evolução e tecnologia, nas cantinas e nas vinhas. Mas é também notório – ao menos foi para mim – que investimento maciço em pesquisa faz-se urgente, principalmente no campo, de onde advém o resultado final de um bom produto agrícola [o vinho]. No último dia em Bento uma visita chamou atenção. A vinícola de boutique Lidio Carraro produz dois grandes vinhos, os Singulares (tempranillo e nebiolo) e o Tannat-2006. Este último provado exclusivamente na Sede, com as anfitriãs Natália e Sra.Carraro – ver fotos abaixo. Não fosse o elevado preço (180 reais), diria tratar-se de uma forte promessa do futuro do vinho nacional.
Outro segredo agora desvendado. Parece até a história da cabeça de bacalhau, onde ninguém nunca viu, certo! Vocês já viram uma barrica de carvalho sem estar usada? Pois bem, consegui uma foto inédita – furo de reportagem [risos]. Barricas de carvalho novinhas, ainda embaladas, chegadas recentemente à vinícola Valduga, quando lá estivemos (foto abaixo). Visitamos ainda a Vallontano e a Dom Laurindo.
Para o fim da viagem ficou reservado uma visita às instalações do SPA do Vinho, no alto da montanha da Miolo. Um Hotel e Spa de tirar o chapéu. Elegantíssimo. Esperamos que esta seja uma de muitas estadas no Vale dos Vinhedos, e que possamos nos surpreender ainda mais com a produção do vinho brasileiro. Termina aqui nosso diário on-time. Se você gostou da experiência de nos acompanhar diretamente de Bento Gonçalves, escreva e comente!
Por A.Coêlho e Eugênio.
O dia na Miolo foi incrível. Começou com uma preleção diretamente no parreiral – de uvas merlot, diga-se de passagem, que estavam madurinhas, só aguardando nós temporários bóias-frias para fazer a colheita [risos]. Neste Wine-Day haviam mais de 40 participantes de várias partes do Brasil, e a interação foi muito bacana. Aprendemos muito sobre o trabalho no campo, ou melhor nas vinhas.
Além do simpático mestre-vinicultor, fomos acompanhados de perto pelo Adriano, um dos proprietário da Miolo. Sempre atencioso e atento às perguntas dos “alunos” de um dia! Vejam algumas fotos desta etapa de produção.
Em seguida passamos à cantina, onde começa a vinificação. Não vou aqui passar a limpo todo processo de produção, mas resumo que existem três fases principais na transformação do mosto em vinho. São elas: criomaceração, maceração fermentativa e maceração pós-fermentativa. A primeira chega a durar 5 dias, baixando a temperatura do mosto a 8 graus. Em seguida temos mais 10 dias à temperatura de 28 graus. E por fim, mais 15 dias para completar a fermentação do vinho, tornando-o, vinho de verdade.
Antes de ir para o almoço na original cantina da Mamma Miolo, com direito a um autêntico menu italiano, tivemos um show à parte: uma mega degustação de toda a linha de vinhos da vinícola. Detalhe: esta etapa ocorreu num auditório-aula jamais visto na América-latina – palavras do amigo Adroaldo. Uma maravilha de sala de degustação!
Até aqui tem valido a pena, pois tive que “gazetear” aulas no Curso de Gastronomia. Me digam, foi por uma boa causa, não? Daqui a pouco relataremos sobre outras visitas: Casa Valduga, Vallontano, Angheben e demais vinícolas do Vale dos Vinhedos. AGUARDEM !!
Oi, Galera. Voltamos a falar diretamente de Bento Gonçalves, Vale dos Vinhedos-RS.
Hoje participamos (eu e Eugênio) do Wine-Day 2010, com um dia inteiro dedicado a entender todo processo de feitura de um vinho. Show-de-bola da Miolo. Recomendamos a todos, pelo tratamento e pelo aprendizado. Esse arranjo foi todo preparado e arquitetado pelo amigo e irmão de confraria, o Petrus, da Confraria Amicus Vinum. E estão conosco outros guerreiros de Baco, o Bodani e o Adroaldo. Antes, porém, vejam as fotos da visita à Salton:
Ontem estivemos visitando a vinícola Salton e fomos brindados com um delicioso Jantar dentro da Sede principal, que está completando 100 anos! Com direito a cantoria italiana e muito mais. Acima, damos detalhes desta visita guiada, com imagens atuais. Impressionou o tamanho da vinícola, que é sem dúvida a maior produtora de espumantes do Brasil. Parabéns antecipado pelo centenário.
Acompanhem daqui a pouco o que rolou no WINE-Day. Em primeira mão!
Por A.Coêlho e Eugênio.
WINE DAY 2010
Amigos, estarei participando neste sábado próximo (13) do famoso Wine-Day, da vinícola Miolo, em Bento Gonçalves-RS. Nestes três dias estarei contando em detalhes – quase como um diário (enquanto nosso Twitter se prepara p/ entrar no ar) – as aventuras nas terras gaúchas. Deliciem-se nesta viagem pelo Rio Grande. O Wine-Day é um dia inteiro dedicado ao conhecimento do processo completo de vinificação de um vinho, desde a colheita das uvinhas até o engarrafamento final. Trata-se de um Curso intensivo de 7 horas, com palestras de enólogos e agrônomos, além da prova de mostos envelhecidos e por fim a entrega de Certificado. Vai ser muito legal esta experiência!
Muitos amigos e conhecidos me perguntam qual melhor adega climatizada para guardar com propriedade suas preciosas ampolas de vinho. Depois de passar por três modelos de mercado e com duas decepções, resolvi desmistificar também mais este tabu do mundo de baco. Acabei por conhecer quase todos os modelos de adegas climatizadas vendidas no mercado brasileiro, entre nacionais e importadas. O resultado é muito bom e satisfatório ao consumidor, com diversas ofertas para todos os bolsos e necessidades, desde aqueles climatizadores “de sacola” (portátil p/ duas ou três garrafas – muito estranho!) até as enormes estantes para centenas de garrafas; uma verdadeira enoteca ambulante.
Mais o que me chamou atenção ao estudar estes eletrodomésticos foi o seu modo de funcionamento, ou resfriamento. Aí que vem a dica preciosa que deixo a vocês. No mês passado a revista Adega publicou reportagem sobre o assunto, muito boa e completa. Mas o que buscamos aqui, sem meias palavras, é auxiliar o leitor do DCV a ficar atento à escolha inadvertida de uma adega. A matéria da citada revista trata sucintamente de um ponto que para mim é CRUCIAL: as que realmente resfriam seus vinhos e as que “tentam”. Exatamente! Prestem atenção aos produtos que prometem o que não cumprem, ou melhor, tentam mas morrem na praia!
Existem no mercado brasileiro de adegas dois tipos básicos de sistemas de resfriamento: termoelétricas (por troca de calor) e eletrônicas digitais (por compressor). A seguir relaciono os modelos existentes, com seu tipo de sistema de resfriamento.
Eletrônicas-digitais – temperaturas entre 4 e 18 graus Celsius.
Modelos: Art-des-Caves, GE, Britânia, Suggar, LG, Electrolux, Brastemp (40grfs ??), Metalfrio, Midea, Eurocave (imp. controle umidade), Liebherr (imp.Lofra, controle umidade), NovaCave e Sansung (controle umidade).
Termoelétricas – temperaturas de 10 a 25 graus.
Modelos: Tocave, Dynasty, Wine (Conthey), Bon Cheff, Spicy, EasyCooler, HomeLeader, Studii e Brastemp (12 grfs).
Como as termoelétricas funcionam com “troca de calor”, elas dependem da temperatura ambiente para manter resfriado os vinhos em seu interior. Em resumo, não conseguem acompanhar a programação real da temperatura que você deseja de suas garrafas. Assim, procure não adquirir estes modelos, a não ser que você tenha um ambiente refrigerado a pelo menos 17 graus, onde possa instalar a adega. Explicando melhor, numa residência brasileira onde as temperaturas usuais giram em 25 graus, estas adegas somente conseguem temperaturas entre 16-21 graus, dependendo do modelo. O que é inapropriado para manter a temperatura ideal de um vinho (entre 6-16 graus). Este problema não ocorre com as adegas de compressor. Portanto, opte sempre pelas de compressor, as quais, salvo alguns modelos, funcionam perfeitamente com a temperatura digitada ou marcada analogicamente. A única ressalva sobre os modelos eletrônico-digitais é a qualidade do compressor. Antes de comprar verifique se o compressor é específico para adegas, os quais devem evitar vibrações que prejudicam os vinhos. A quase totalidade dos modelos no Brasil já possui sistemas anti-vibratórios, de forma que você estará adquirindo adegas seguras para armazenar seus preciosos vinhos. Se você já passou por esse contratempo mande seu comentário. Numa outra oportunidade falarei sobre armazenamento de vinhos. Boa escolha!