De quem é a foto do Portal-DCV?

Desde que inauguramos o Blog, vários amigos e internautas nos questionam sobre a foto-banner do cabeçalho, dizendo-se maravilhados pela beleza da mesma. Pois bem, resolvi então abrir o verbo. Notem que tudo no DCV é autêntico, personalista e inovador – este é o ideal meu e do parceiro Eugênio [é o modus operandi nosso e não abrimos mão disso]. Tudo no Site é produzido pela equipe “em terra” [risos]: desde a criação do layout, manutenção da Página, passando pelos desenhos rabiscados, até as fotos principais dos artigos e a quase totalidade das imagens de vinhos. Além das matérias exclusivas (sem cópias e/ou reproduções), é claro.

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Foto-1: Castello Fontodi | Foto-3: San Gimignano cercada de vinhedos (belíssimo!).

A foto de fundo do Portal não foge ao escopo. Ela é de minha autoria e a produzi quando em viagem de férias à bela Itália. A mesma foi feita na rodovia SR-222 – conhecida como Strada Del Vino, na Toscana. Na ocasião, eu e esposa alugamos um carro por dois dias para conhecer os vinhedos de Chianti, indo de Firenze até Montalcino. É algo que RECOMENDO a todo mortal antes de passar a outra vida. É belíssimo e nem preciso dizer que as paisagens são de tirar o fôlego. A foto do Site mostra um parreiral na beira da estrada, carregado de uvas sangiovese, que naquele período (setembro/08) estavam prestes a serem colhidas; os cachos quase tocavam o chão de tão pesados. -Se provei algumas frutas? Ah, claro que sim; sem dúvida! Parei o carro ao longo das estreitas vias e, craw: “peguei emprestado” meio cachinho e comemos. Ah…que delícia. Mesmo com o Mastercard, isto não tem preço! Vejam acima fotos desta aventura.


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Na volta da viagem, além de centenas de fotos e vídeos – e fortes lembranças, muitas ampolas (três caixas, pra falar a verdade). Vejam a foto de algumas preciosidades trazidas (três Brunellos e dois Supertoscanos), duas das quais ainda sob guarda.
Os vinhos, da esquerda p/ direita: Brunello Biondi Santi 2001 – Brunello Castello Banfi 2001 – Brunello Conti Costanti 2000 – Collezione de Marchi Isole/Olena 1994 – Paleo 2002.

Tour du Sème, um malbec Bordeaux

tsemeVou falar de um vinho expressivo, senão bastante significativo, da região de Bordeaux. Trata-se do Château Milens Tour Du Sème 2004, Grand Cru St.Emilion. Este exemplar de Saint Emilion é a prova viva de que Bordeaux continua a produzir grandes vinhos não somente da uva Carbernet Sauvignon, mas também de outras castas, nem por isso menos típicas da região. Assim, encontramos a todo momento maravilhas feitas com Merlot, Cabernet Franc, até a Malbec, além das tradicionais mesclagens. Esta ampola do tinto Tour Du Sème é um exemplo disto. Feito da uva malbec, 100% varietal (não muito usual), o Ch. Milens é sempre citado no meio vinícola como produtor de um vinho de garagem, com tratamento impecável do vinhedo e invariavelmente tem seus rótulos bem valorizados entre os entendedores. A safra em questão (2004) foi provada no encontro de fim de ano da confraria Amicus Vinum (de Brasília) e ofertada pela confreira Marcelle Oliveira. Esta enófila sempre nos brinda com grandes vinhos, notadamente franceses, que conhece como ninguém. Vejam a foto dela junto ao vinho. Em quase todos encontros em que a querida Marcelle participa, surgem pérolas como esta. Vinhos encantadores, com muita tradição regional, sem apelo comercial, mas de personalidade ímpar, que ela traz de suas andanças pelas terras da França. Se você não tem uma Marcelle na sua vida – nós temos [risos] – aproveite esta resenha para se deliciar!

O vinho estava perfeito; já no ponto. Certamente com genética para mais 8 anos, pois trata-se de um Grand-Cru, e que na minhatseme opinião atingirá maior ápice no período. Taninos presentes mas bem harmônicos. O impressionante é que na boca ainda se mostrava rústico e com uma concentração inacreditável com finíssima elegância. Presença de amoras e leve cacau. Seu intenso aroma enche o nariz, com frutas e minerais. Nota: 92pts. Pena não ser encontrado no Brasil – procurando na Internet achei à venda em sites da Inglaterra e EUA. Apesar do ano Brasil-França ter acabado: vive La France!

Tiramisu 2 (cont…)

Se você é daquele que ainda não experimentou a receita original de tiramisu, veja abaixo o vídeo “Resgatando o doce mais amado do mundo”, mostrando passo-a-passo como se faz (fonte: ItChefs-&-Co). Se ainda não se convenceu, há cerca de dois meses foi quebrado (jornal BBC London) um recorde mundial que entrou para o Guinness Book. Uma dúzia de Chefs franceses confeccionou, no famoso festival de gastronomia de Lyon, o maior Tiramisu do mundo (foto post anterior). Esta gigantesca torta do céu tinha 1.072 Kg, que consumiu 4.000 ovos, 300Kg de queijo mascarpone, 60Kg de creme, 192Kg de açúcar, 180Kg biscoito champagne, 12Kg de chocolate e 5Kg de café. Pois bem, se não fosse o tiramisu, não haveria o recorde, certo. Daí nos perguntamos: por quê eles não fizeram um “creme-brulé”? Porque até os franceses se rendem aos encantos celestes! :))

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Tiramisu: um pedaço do céu!

guiness tiramisuNuma recente enquete entre vários Chefs pelo mundo, uma sobremesa foi citada como a mais apreciada entre todas: o tiramisu. Certamente que isto gerou controvérsias. Seja como for, este doce italiano, conhecido como “o pedaço do Céu na Terra”, causa delírio em quase totalidade dos mortais terráqueos [risos]. Em italiano [tirame-su] quer dizer leve-me
ao céu, ou alce-me. Junto com sua fama surgiu outro desejado produto enófilo, o vinho siciliano Marsala, que

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acompanha a receita tradicional do doce. O mais famoso é o Famiglia Pellegrino (foto), com 18 anos de barrica, e produzido fortificado como os vinhos do Porto, os Madeiras ou Jerez. Assim como os chefs espalhados pelo globo, também escolhi o tiramisu como minha sobremesa predileta, desde que a conheci verdadeiramente cerca de sete anos atrás – digo isto porque no Brasil as casas costumam modificar esta receita de sucesso internacional, e acabam por macular o sabor original. Como dizem alguns críticos gastronômicos: ela é simplória e extraordinária – a única que com tamanha simplicidade na produção, a torna espledidamente luxuosa”! Singela completude: creme tipo marshmallow, açúcar, biscoito de leite embebido em vinho Marsala, queijo, chocolate e café. Precisa de algo mais?!

Jantar Confraternização com SIX Degrees

sixdegreeNo mesmo jantar de confraternização de fim de ano (ver postagem dia 23) dos amigos do amigo e parceiro do DCV, Eugênio, eu também estava presente e fizemos uma prova tríplice dos vinhos Six Degrees, da vinícola brasileira Casa Motter, localizada em Caxias do Sul. Eram os três produtos dela, que possui ainda um quarto, o Brut Rosé, que não havíamos conseguido para esta degustação. Como eram doze colegas, foi mais que suficiente para as provas e obtivemos vários comentários. Vejam o que captei na mesa de refeição somados às minhas expectativas.

Os espumantes estão listados em ordem de serviço:

Espumante Six Degrees Brut: pouquíssima perlage, bolhas fracas e pouco persistentes, cor verde-palha, aroma de borracha queimada refletindo na boca, com leve untuosidade. 83 pts. Foi o primeiro a ser servido como aperitivo e entrada do jantar;
Espumante Six Degrees Prosecco: saiu-se bem melhor que o Brut. Mais consistente e agradável ao paladar. Perlage fraca e poucas bolhas, também não persistentes, cor amarelo esverdeado. Aroma lembrando borracha com sabor levemente de torrefação. Um prosecco de boa qualidade para festas e ótimo para beber com petiscos. 84 pts;
– Espumante Six Degrees Moscatel: cor esverdeado. Mel e boa acidez na boca que combinou esplendidamente com a sobremesa. Normalmente esta casta (moscatel) resulta pior que os vinhos Brut e/ou Demi-Sec, mas no caso foi o contrário, apresentando melhor estrutura que os dois anteriores. Ótimo equilíbrio: doce e cítricos. 85 pts. Este foi o último vinho da noite, que contou cerca de 10 garrafas (6 tintos e 4 brancos). O que dá bom crédito ao mesmo. Muito bom! As ampolas são encontradas na Adega Brasília (20, 20 e 30 reais, respectivamente).

Rosé da Macedônia com Bacalhau

boutari1Num recente almoço em família provei dois vinhos de enorme qualidade e originalidade. O amigo Roberto Carvalho preparou um bacalhau a Zé do Pipo e nós levamos os vinhos, sendo que o amigo Joel Camargo levou este Rosé do Boutari, que deu o que falar, para harmonizar com o bacalhau.

Rosé Sec Boutari Macedônia 2007. Excepcional vinho das montanhas da Macedônia, próximo 30 Km da divisa com aquele novo* País (ex-Iugoslávia), cujo produtor Boutari, é um dos grandes nomes do vinho grego na atualidade. Um rosé fantástico, de uma cor virtuosa. Para beber saboreando e deliciando-se. Encorpado igual a um tinto – tomado às cegas muitos enófilos irão pensar tratar-se de um tinto. Feito com uvas autóctones, possui uma tipicidade estupenda, boa acidez, fresco e vivo, mostrando toda força milenar vinífica grega. Feito da uva Xynómavro, somente encontrada na macedônia grega. Intenso aroma de frutas vermelhas e longo final, permanecendo por “váááriooooos” minutos na boca. 89 pts (conceito Ótimo). Tem uma secura e acidez perfeita para acompanhar bacalhau. Quem diria, heim. Experimentem!

stamp07Stamp of Austrália Chardonnay/Semillon Branco, Hardy’s 2007. Um ótimo corte de Chardonnay/Semillon, que dão um sabor distinto a este representante da Austrália. Aroma de pêssego e melão, com cor palha e tons verdes. Na boca sutil untuosidade e limão, com ótima acidez e leve frescor. A colheita das uvas, ao que parece feita à noite, lhes dão um sabor diferente, além do aspecto mais floral, que deve ser resultado da mescla da semillon, uma vez que não é característica marcante da chardonnay. 88 pts (conceito Muito Bom). Mais um excelente vinho para este verão, com peixes e frutos do mar, e até bacalhau. Inclusive boa pedida para acompanhar os perus e chesters de fim-de-ano!

*Notas históricas: a República da Macedônia é hoje um pequeno País independente desde 1991, com a desanexação da antiga Iugoslávia. Ela pertenceu a Grécia durante o século XX, tendo sido anexada a Iugoslávia após a 2a.Guerra Mundial. Vinho também é cultura!

Caçarola de coelho e 2 Vinhos

lachapNo último fim de semana voltei a pilotar as panelas cometendo uma leve insanidade, senão um “coelhocídio”. Preparei um Coelho a caçarola com vinho, guarnecido de massa mini-penne. Espero que esta seja uma das poucas vezes que cometo tal descalabro “familiar”, podemos chamar assim – se é que me entendem [risos]. Apesar do triste fim do parente mamífero da família dos leporídeos, sua deliciosa carne estava excelente, e todos lamberam os dedos. O vinho que acompanhou o prato foi um francês básico, de Bordeaux, que harmonizou plenamente: La Chapelle St. Vincent Bordeaux 2005 (foto). Ótimo acompanhamento da caçarola de coelho. Desceu redondo, provando que a excelente safra 2005 privilegiou os vinhos bordaleses, mesmo aqueles simples de mesa. Equilibrado, com taninos domados, violáceo/rubi. 85 pts.

Outro vinho provado estes dias foi um Tamaya Chardonnay Reserva 2007. Um vinho bem estruturado, pouca madeira e bem diluída no líquido. Cor amarelo-palha, límpido. Bom fim de boca, leve amanteigado e acidez. 84 pts.

Vejam as imagens do preparo do coelho. E as sobras para o day-after! Alguém quer raspa?  😉

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Art du Vin inaugura em Brasília

Em um mega evento no dia 02, a distribuidora de vinhos Art du VIN, inaugurou em Brasília sua loja ao grande público; um sonho acalentado há anos. A distribuidora já vinha funcionando no atacado desde agosto. O evento foi marcado por uma grande degustação no Hotel Brasília Palace, com mais de 150 rótulos de 15 produtores e um público de 100 pessoas. Ver abaixo.

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O proprietário Marcos Rachelle (Marquinhos) e seu sócio Gentil, contaram que possuem um portfolio para lá de 300 rótulos, todos vendidos na loja. Eles deram algumas boas indicações, que fazemos questão de repassar ao leitor do DCV: Santa Julia Res. Tempranillo (43,00); Pietro Marini Torrontés Branco (49,00); Espumante Norton Especial Ex.Brut (42,00); Manso de Velasco Cabernet – melhor tinto Descorchados 2010 (169,00); Eral Bravo Malbec (88,00). É a hora de aproveitar e fazer uma visita na loja do Lago Sul, que está muita bonita (fotos a seguir). Além dos vinhos, tem boas sugestões de presentes de fim-de-ano, principalmente nesta época de festas, como: caixas especiais p/ vinhos, taças e lindas canecas de cerveja. Esta é a terceira diferente loja de vinhos aberta nos últimos dois meses na Cidade, comprovando a pujança do mercado enogastronômico de Brasília, no cenário nacional.

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Serviço: Art du Vin – QI 3, Bl.D, Lj.8 térreo, Lago Sul – 3365-4078 | 8161-0781 | 9557-3120.

O DCV na Adega do Vinho

adgvinhowOs editores do DCV estiveram nas comemorações dos dois anos de existência da Adega do Vinho, na Capital, dia 21/11 (sábado). Foi um evento tão concorrido que para vocês terem uma ideia, parecia uma feira, com tantas ofertas! Um dos proprietários, Carlos França (o amigo Carlão) botou os preços abaixo e conquistou os visitantes, que ainda puderam degustar vários rótulos expostos. Vejam na foto a frente da loja do SIA, em festa.

Alguns dos vinhos de ótimos preços e qualidade que estão em oferta são: Quinta da Bacalhôa, Luiz Argenta Brut, Inspira Carménere, Laura Hartwing Cabernet, Antis Malbec, entre outros. Recomendamos uma longa e demorada visita, mesmo porquê o atendimento é atencioso elogoadegav personalizado.
Serviço: Loja SIA trecho 12, dentro do Posto Shell, 3233-0004 – Loja CLSW 104, bl.C, Lj.18, 3343-2626.