4, 3, 2, 1 … LIFTOFF … 400 Rótulos!!
Livros: a maravilhosa Ciência da Enologia
Em nossa última conversa falamos de um pequeno catálogo sobre vinhos italianos. Voltamos a falar sobre coisas eno-literárias. Nas últimas três semanas “devorei” dois livros: “O Julgamento de Paris”, de George Taber, 380 págs., e “A Arte de fazer um Grande Vinho”, de Edward Steinberg, 288 págs.
– O primeiro versa a respeito da celeuma criada pela discutível degustação de Paris – concurso Califórnia X França – em 1976, quando dois vinhos californianos foram escolhidos como os melhores rótulos, entre nove jurados franceses, em uma prova às cegas. Afora as discussões acaloradas da “não validade” da degustação (métodos, provadores, safras, rótulos), o que mais admirei no livro foi a história contada em detalhes da formação da vitivinicultura no Vale do Napa (EUA), bem como de outros grandes produtores do Novo Mundo, como Austrália, Chile, Nova Zelândia e África do Sul. Nunca tinha visto histórias tão bem documentadas. Num texto leve e preciso do ponto de vista histórico, pois o escritor esteve presente naquele evento, o leitor é levado para dentro das famílias que preconizaram o renascer da vinicultura mundial, mostrando que é possível se produzir vinhos finos de qualidade em variadas partes do planeta que não somente na França, Bordeaux e Borgonha.
– O segundo livro é um primor de publicação. Um verdadeiro curso de Enologia, começando desde a formação de um vinhedo com a plantação das videiras, passando pela vinicultura em si, e concluindo no processo de engarrafamento e venda. Quase toda a ciência de se fazer um vinho passa diante do leitor. Um Show de conhecimento transmitido pelo autor, dos processos biológicos e químicos da transformação da uva em vinho. Conceitos como fenóis, temperaturas, ácidos maloláticos, fermentação, índices pH, alcalóides, tonéis, barricas, traspassadores, alcoóis, gás carbônico, oxigenação, são dissecados exaustivamente no texto. Muito bom…eu não conseguia parar de ler; anotando e marcando tudo para um melhor aprendizado. Como se não bastasse, é claro, o Sr. Steinberg conta-nos, com dissertação rica em romantismo, a vida e a saga da família Gaja, certamente o maior nome da vinicultura do norte da itália; tendo em seu protagonista, Angelo Gaja, um revolucionário nas últimas duas décadas. Dica: quer dar início aos estudos sobre vinho? Leia este livro. IMPERDÍVEL. Até eu já estou com vontade de comprar umas terrinhas…adquirir umas mudinhas de uva…avaliar algumas paisagens com terroir favorável, etc. Nada é impossível, podem crer!
Para não perder o costume, mostro um apanhado das últimas ampolas mais significativas provadas por mim, listadas num crescente de pontuação, ordem sugerida pelo nosso amigo confrade Renzo.
V I N H O | Safra | País | Dt. Prova | Valor | Nota |
Condes de Barcelos – branco verde | 2005 | Portugal | P: 28/06/08 | 50,00 | 78/100 |
Chakana Reserve Malbec | 2006 | Argentina | P: 25/07/08 | 70,00 | 84/100 |
Valviadero Jovem – Toro | 2006 | Espanha | P: 21/06/08 | 70,00 | 86/100 |
Meia Pipa – castelão/cab.sauv./syrah | 2005 | Portugal | P: 19/05/08 | 85,00 | 88/100 |
Primitivo di Manduria, Ognissole | 2005 | Itália | P: 26/07/08 | 100,00 | 88/100 |
Chateau L’Eglise Saget, Bordeaux | 2005 | França | P: 11/06/08 | 70,00 | 89/100 |
Pierre Amadieu Côtes du Rhône | 2006 | França | P: 21/06/08 | 70,00 | 89/100 |
(*) Destaque ao Meia Pipa, de Portugal. Um vinho delicioso, pronto para beber (maduro) e ótimo à mesa. Recomendo.
Azeite: desmistificando a acidez
E continua…com enorme propriedade:
Assim, não mais escolha azeite pelo “índice de acidez”, mas pelo que ele pode realmente oferecer ao seu senso aromático/gustativo.
Feira “Rotas do Vinho”
Cine “ESTÔMAGO”
NÃO DEIXE DE VER ESSE FILME. Vale a pena, antes que saia de cartaz, ou antes que a pirataria roube a cena!!
Novo bebê (zão)!!
Na segunda foto vejam o Kit que veio junto com ela – mais alguns de meus “achados”, aproveitem a dica pois nenhum ultrapassa R$ 50. Todos com ótima relação custo/benefício: Urban uco Tempranillo; Palmeiro; Errazuriz Sauv.BLanc; Dão Porta Cavaleiros 1996!; Bardolino (Vêneto); Kaiken cabernet; Artazuri; e Pizzella malbec.
Restaurante SERVUS Convite
Ah… o último pedaço que provei da torta Apfelstrudel (de maçã) era de cair o queixo. Nunca comi
Bacalhau do Coêlho
300 Rótulos by Coêlho!
Pato com trufas!
Amigos,
Carnaval…Samba…é isso aí, galera. Aproveitei para voltar às minhas experiências gastronômicas.
O cardápio de hoje foi: Pato ao molho de vinho e ervas, assado ao forno, com risoto de Trufas brancas.
Para beber: um austero Branco Cork Grove 03 (Ribatejo, Portugal).
Novidade: o Risoto pronto de Trufas italianas foi encontrado no Carrefour (preço 13,00 / pc.300 Gramas – caro mesmo!).
A verdade: não vale a pena! É melhor sempre usar produtos frescos – aprendi com meu chef W. -, ou seja, fazer a comida e colocar a trufa na hora.
Mas até que quebrou o galho pois a composição ficou deliciosa…héhéhé.