Mas de Daumas Gassac, o Grand Cru do Languedoc

Um vinho enaltecido por Hugh Johnson, que o chama de “O único Grand Cru do Midi”, por Robert Parker e Michael Broadbent, gera no mínimo curiosidade de conhecer. Em apenas 30 anos, Mas de Daumas Gassac se tornou um ícone do Languedoc. O vinho foi criado em 1971 pelo renomado enólogo de Bordeaux Emile Peynaud, que aceitou o convite da família Guibert por nunca ter assistido ao “nascimento de um grande vinho”.  A propriedade conta com mais de 40 variedades de uvas, procedentes dos mais variados países como Portugal, Israel, Suíça, Armênia… Todas plantadas em terras da vinícola.  
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Tive a oportunidade de conhecer o vinho top, nas versões tinta e branca, na presença da simpática Victorine Babé, responsável comercial para Espanha, Portugal e América Latina. Ela é francesa, mas fala um ótimo português, bem melhor que alguns franceses que já moram aqui há 30 anos, e essa foi a primeira vez que ela veio ao Brasil.
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O Mas de Daumas Gassac tinto é feito de 80% Cabernet Sauvignon e os outros 20% por outras 20 uvas diferentes como Cabernet Franc, Bastardo, Pinot Noir, Merlot, Tannat, Dolcetto… E o degustado foi da safra 2006. Um vinho estruturado lembrando mais um Bordeaux de altíssima qualidade que um Borgonha. Um vinho que permite um envelhecimento de mais de 25 anos em boas safras. O branco já não contou com o auxílio do Emile Peynaud, que já havia falecido à época de sua criação. Feito de Chardonnay, Viognier, Chenin Blanc e Petit Manseng (20% de cada uma delas) e mais 15 outras uvas francesas. Foi degustado o da safra 2005, que apresentou uma cor dourada linda, e sabor e aromas bem peculiares. Vinhos de exceção do Languedoc. Não foi à toa que Robert Mondavi tentou a todo custo comprar uma parcela das terras de Guibert, como mostrou o filme Mondovino.