Babel inova no tratamento aos apreciadores de vinho de Brasília.

babelO restaurante Babel (CLS 215 Bloco A loja 37 – Asa Sul – Brasília – DF +55 61 3345.6042) reabriu sob comando do novo chef/proprietário Diego Koppe, e uma das principais mudanças ocorre em relação ao vinho. Com uma carta que privilegia vinhos franceses e italianos, talvez seja a carta com preços mais honestos de Brasília e quem sabe do Brasil. A remarcação passa longe dos costumeiros 100% (sobre o preço de loja) aplicados por quase todos os restaurantes existentes no país. Para dar um exemplo, o Chateau Roubine Cru Classé rosé da Provença, que custa R$ 85,00 na importadora, sai por R$ 100,00. Outro exemplo: O Villa Francioni Rosé que é vendido por R$ 79,00 em uma loja/importadora aqui da cidade, sai por R$ 75,00 no Babel (isso mesmo, mais barato no restaurante).

Outra mudança muito simpática é a não cobrança da taxa de rolha. O restaurante passa assim a integrar a nossa coluna “Traga seu Vinho” que divulga os restaurantes da cidade que não cobram a taxa.

Quando já me dava por satisfeito com essas mudanças, fico sabendo que a água, tão essencial para quem bebe o vinho, simplesmente não é cobrada. Assim como ocorre em alguns restaurantes ao redor do mundo, a água é servida em uma jarra como cortesia da casa.

Se você acha que acabou, o chef informa que o couvert também é corteisa da casa. Esse é um restaurante que merece uma visita para conferir essas mudanças bastante simpáticas. www.restaurantebabel.com.br

 

Vinho fantástico do novo mundo !

catarina1Surpresa do ano até agora, esse vinho tem que ser repetido várias vezes. Servido às cegas, em decanter, pelo meu amigo Edinho, já fiquei entusiasmado pelos intrigantes aromas que jamais havia sentido em um vinho. Tomilho, salame e curry, muito curry. Corpo médio e muito saboroso. Chutei ser um vinho chinês, búlgaro ou da Hungria, pois nunca tomei um tinto desses países e o vinho era tão exótico que não me remetia a nada que já tivesse provado. Revelado, era um vinho sul-catarina2africano da Steenberg chamado Catharina safra 2005. Disseram-me que era cabernet sauvignon, o que me intrigou ainda mais, pois nunca havia tomado um cabernet com essas características. Pesquisando depois, descobri que o vinho é na verdade 53% C.S, 23% Shiraz, 17% merlot, 5% c.franc, 2% nebbiolo, o que justifica toda complexidade apresentada por ele. Em Brasília na Art du Vin (61-3365 4078). Imperdível.

Malbec francês a ótimos preços na Bodega Austral

Quem só conhece a Malbec argentina não pode deixar de conferir a original Malbec francesa. Cultivada em Cahors, dá vinhos rústicos e perfeitos no acompanhamento de um Cassoulet. A Bodega Austral está importando uma série deles, a preços, muitas vezes, mais em conta que similares sul-americanos. Vale conferir (Clique na imagem):
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Lançamento do livro de Manoel Beato

Essa dica é para quem mora no Rio de Janeiro. O sommelier Manoel Beato do grupo Fasano, estará lançando a terceira edição de seu Guia de Vinhos Larousse, na Enoteca Fasano que fica no Shopping Fashion Mall em São Conrado. Hoje, 17/06, à partir das 18:00. Dia 25/08/11 ele estará em Brasília para esse mesmo lançamento, aguardem notícias no DCV.
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Vinhos da Lidio Carraro na Bodega Austral em Brasília

Os vinhos da Lidio Carraro agora podem ser encontrados em Brasília na loja/importadora Bodega Austral. Juliano Carraro esteve na loja apresentando seus vinhos aos clientes que fizeram questão de prestigiar o evento. A linha D´Adivas da vinícola é muito bem feita e acessível, com destaque para o chardonnay sem madeira e o pinot noir. Bodega Austral-SCLN 112, Bloco C, Loja 32 tel:(61)3964-5699. 
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Cirsus do cineasta Iñaki Nuñez

cirsus08wNeste dia marcado por promessas de amor, provei um vinho memorável no Buongustaio Ristorante, localizado no Península shopping, ao lado do Deck Norte, em Brasília. Havia mais de dois anos que não visitava a casa italiana e foi boa a surpresa de encontrar o mesmo tempero e comida bem ao estilo italiano. Os pratos muito caprichados mantiveram minha preferência pelo restaurante. Agradável desde a entrada, aconchegante salão e um cardápio delicioso fazem qualquer noite inesquecível, ainda mais sendo o Dia dos Namorados (vejam na foto). Suas massas são fantásticas. Provem o gnoqui a gongonzola com bacon confit e cubos de filé – de cair o queixo!

O vinho não podia ser melhor, o Pago de Cirsus Oak-Aged 2008, de Iñaki Nuñez, famoso cineasta da Espanha. O cenário criado pelo produtor para seus vinhos fica em Navarra e caprichou na direção contratando nomes como o ex-enólogo do Chateau Haut-Brion. A propriedade estabeleceu ainda um hotel 5 estrelas com alta gastronomia, contando com uma torre datada do século XIV, do reino de Navarra. O vinho é extravagante, personificado. Do velho mundo ao estilo novo mundo. Senti notas de chocolate, leve menta e cereja. Elegância envolta num forte corpo. Não vale quanto custa: R$ 47,00 (preço custo). Isto mesmo, custo/benefício de tirar o chapéu! Esta ampola era Tempranillo/Merlot/Shiraz, com doze meses de barricas. Os blends mudam a cada safra, mas sempre mantendo a Tempranillo. Às vezes vai Cabernet ou Cabernet Franc. Um vinho pra lá de bom. Nota 89 pts. Recomendo!

Lafite-Rothschild 2004

lafite1O chateau Lafite-Rothschild pertenceu em sua origem, assim como os ch.Latour , ch.Mouton e Calon-Ségur , à família Ségur. No século XVII pertenciam a Jaques de Ségur e no XVIII a Nicolas-Alexandre de Ségur. Quem conhece o rótulo do Calon-Ségur sabe que há um coração envolvendo o nome. Nicolas colocou o coração indicando que esse era o vinho de sua preferência, mesmo sendo ele também proprietário de Latour e Lafite.

No século XX, Lafite foi transformado em base nazista durante a invasão da França pela Alemanha. Agora no século XXI se tornou o vinho mais procurado de Bordeaux, devido à entrada dos chineses no ramo dos vinhos Premium. A justificativa é que o nome “Lafite”, por não conter o fonema da letra “R”, se torna de fácil pronúncia para os chineses. Isso fez com que o vinho que já era o mais caro dos Premier Grand Cru Classé de Bordeaux se tornasse inacessível. Quem acompanha os preços desses vinhos pôde perceber a subida estratosférica do Lafite nesses dois últimos anos.

O Lafite também foi o personagem principal do livro de Benjamin Wallace, lançado no Brasil com o título de, O vinho mais caro da história, em que ele conta a história ao redor de uma garrafa de Lafite 1787, que teria pertencido a Thomas Jefferson. Leitura obrigatória para quem gosta de vinho.lafite2

A experiência de tomar o Lafite só foi possível graças a mais uma generosidade do amigo Renato Ramos, que já me proporcionou outras oportunidades tão marcantes quanto essa. O vinho era da colheita 2004 (90% C.Sauvignon), que não foi uma grande safra em Bordeaux, e por isso mesmo já estaria mais pronta para ser bebida. Na verdade, o vinho poderia ser guardado por mais algumas décadas (apesar de ter achado a rolha curta para um vinho com esse potencial de envelhecimento), mas já proporcionava prazer. Cor bem violácea, ao ser transferido para o decanter explodiu em aromas de ameixa, com leve adocicado. Com o passar do tempo o vinho foi se fechando aromaticamente, bem diferente de quando passado para o decanter. Na boca estava completo, equilibrado, opulento e elegante.

Minhas preferências da Expovinis

Agora que quase todo mundo já postou sobre a Expovinis, venho divulgar minhas preferências. Seria cansativo e trabalhoso falar de todos os vinhos, por isso, colocarei apenas a foto e nome do produtor, do que mais me agradou.
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Os 04 primeiros vinhos são tintos da Borgonha, sendo 03 do Domaine A.-F.Gros (Savigny-les-Beane 1Cru, Vosne-Romanee, Richbourg Grand Cru) e o Chambolle-Musigny de François Parent. À seguir o expositor dos vinhos, e o Riesling Kabinett do Donnhoff (Alemanha), este importado pela Decanter.
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 Chablis Grand Cru Bougros e 1cru Vaillons do negociante Alain Corcia; Griotte-Chambertin Grand Cru 08 e 01 do Domaine des Chezeaux; Batard-Montrachet do Domaine Fleurot-Larose; 03 Gevrey-Chambertin (um básico e dois 1Cru); Crémant de Bourgogne rosé da Maison Parigot et Richard e o Meursault 1Cru de Nicolas Potel. Todos da Borgonha.