Villa Francioni- Degustação do Portfólio

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Reunimos-nos para degustar a linha de vinhos brasileiros da vinícola catarinense Villa Francioni. Foram provados 09 vinhos de seu portfólio, que conta com 11 exemplares, apenas o tinto Michelli e o Colheita tardia não foram provados. A Villa Francioni é uma velha conhecida, mas havia alguns vinhos que provei pela primeira vez, como os lançamentos Joaquim brut rosé, Joaquim rosé e o Aparados. As impressões foram as seguintes (na ordem de serviço, como mostra a foto da esq. p/ direita. Observem que todas as garrfas têm o polêmico selo fiscal):

Joaquim Brut rosé: Boa perlage inicial, mas perde a força rapidamente. Aromas de melaço, tuti-fruti e doce de goiaba em calda. Na boca tem um açúcar residual que gera um final demasiadamente doce. Estruturado, feito de 08 uvas (shiraz, pinot noir, c.f, sangiovese, merlot, c.s., malbec, petit verdot), método charmat.

VF rosé 2008: Esse é campeão. Não há um rosé nacional melhor que ele. Cítrico, acidez marcante, muito refrescante e com uma cor linda de casca de cebola. Provença total.

VF Sauvignon Blanc 2008: É um dos vinhos mais aclamados da vinícola, mas confesso que não simpatizo com ele. Já o tomei por diversas vezes, e sempre o acho sem graça, pouco aromático e cor muito pálida. Na boca é refrescante, mas não me cativa.

VF Chardonnay Lote II: Super-chardonnay, feito de duas safras 08 e 09, por isso se chama assim, já que o Lote I era feito das safras 04 e 05. Untuoso, generoso, encorpado, denso, amanteigado, e com forte marca da madeira. Algumas pessoas não gostam desse estilo, para quem gosta é um prato cheio.

Joaquim rosé 2008: Esse vinho é o oposto do VF rosé. Feito de c.s. e merlot (provavelmente sangria do Joaquim tinto), ele é mais encorpado e bem estilo novo mundo; com cor mais escura e menos acidez, concorre com outros rosés brasileiros sem diferencial.

VF tinto 2005: Antes do surgimento do Michelli (não degustado), era o vinho tinto top da casa. Também é um vinho que já provei por diversas vezes e realmente é um grande exemplar brasileiro. Potente, encorpado, de final longo e aromas de café, chocolate e ameixa. Feito de c.s, merlot, c.franc e malbec, se beneficia muito se colocado em decanter.

Francesco 2005: Outro tinto muito bem feito, que usa as mesmas uvas do anterior, só trocando a c.franc pela shiraz. Médio corpo, novamente aromas tostados e café. Vinho intermediário entre o Joaquim tinto e o VF tinto, mais pronto para beber.

Joaquim tinto 2006: É o carro chefe da vinícola, e segundo o representante, dentre todos os vinhos que ele comercializa, é o vinho mais vendido em sua loja. Tinto simples, de entrada, feito de c.s/merlot, frutado, com leve amargor final.

Aparados 2007: Como já conhecia quase todos os vinhos, diria que esse foi a maior surpresa. Deixado para o final por se “achar ser o mais fraco”, é o melhor vinho brasileiro de combate que provei. Muito correto, bem feito, que talvez tenha sido produzido pensando em competir em supermercado, mas que em minha opinião, é um crime vendê-lo assim. Dos onze degustadores da noite, surpreendeu a maioria. Faz bonito com qualquer iniciante.