Cheverny Le Vieux Clos Salvard 2006 (branco)

cheverny06gd1Delicioso branco do Loire (França). Ótimo para esta época de preparação p/ o calor de fim de ano. Para ser bebido com peixes, frutos do mar ou camarão, e até uma boa massa caseira. Amarelo-esverdeado, quase transparente. Aromas de mel e toques da fruta, lembrando bastante a uva riesling (talvez pela mistura Sauvignon-Blanc e Chardonnay). Gostosa acidez, leve corpo com enorme frescor. Persistência prolongada. Alegre e envolvente. Vinho para se ter sempre na adega. Consta no nosso ranking de Avaliações-DCV. Preço: 82,00.

A Ansiedade venceu o medo!

merlotterroirMERLOT TERROIR 2008

Quatro meses atrás adquiri o novo lançamento da Miolo, o Merlot Terroir 2008. Confesso que desejei abrí-lo na mesma hora que chegou em minha residência. Esta ansiedade existia porque acompanho este vinho desde seu nascimento. Provei a safra 2004 e também a 2005, as únicas feitas para este vinho. Colocava algumas apostas para este vinho brasileiro por dois motivos: a escolha da casta merlot e todo processo que envolve sua produção, desde o critério na opção das safras (sinal de quem conhece o clima e ambiente das uvas: “se o ano não for bom, não vinifico!”), das parcelas do vinhedo, e até a consultoria por enólogo externo, no caso, o talentoso Michel Rolland.

A ansiedade venceu o medo, sim, pois depois das provas anteriores (2004 e 2005), que para mim faltavam experimentação e avanços na vinificação, eis que surge um vinho repleto de personalidade [Uaw!!]. Esta safra 2008 está “supimpa”, à altura dos estrangeiros! Cor rubi intenso com violáceos. Aromas de frutas negras, cacau, herbáceos e tênue mentolado e ainda toques florais. Apesar dos 12 meses no carvalho francês e mais 12 meses na garrafa, a madeira apenas dá elegância ao corpo. Um banho de terroir na boca, com leve apimentado e acidez controlada, deixando aparecer toda expressão da uva merlot. Sabores complexos denotam harmonia e profundidade. Nota: 86 pts.

A assertividade aparece em todas etapas de produção deste vinho. Melhor beber em mais 1/2 anos, pois está a indicar boa evolução, além de mais maduro. Com refeição deve se mostrar bastante poderoso – vou abrir a segunda garrafa para esta sacrificante prova [risos]. Definitivamente o melhor tinto nacional que provei! Quer um vinho com terroir de Brasil? Tente esta ampola e surpreenda-se com a personificação.

Domus Aurea 1998

domus aurea 98.1O ano de 98 foi marcado pelo El Niño, que trouxe grandes alterações climáticas, que influenciaram bastante na produção de vinhos. A Casa Lapostolle, por exemplo, não fez o Clos Apalta, já que o fenômeno prejudicou muito a safra no vale do Colchagua. Já no vale do Maipo, a Quebrada de Macul, fez o Domus Aurea com uma rigorosa vinificação, resultando em um vinho mais elegante que o de costume.

O vinho foi feito pelo antigo enólogo chileno Ignacio Recabarren (desde 2001 o enólogo é o francês Jean Pascal-Lacaze) e tomado agora, 11 anos após a colheita, se mostrou muito equilibrado, com aromas de couro, um leve mentolado e um discreto domus aurea 98.2herbáceo. Na boca o vinho está com os taninos bem arredondados, sem nenhuma agressividade. Apesar de estampar apenas cabernet sauvignon no rótulo, tem 4% de cabernet franc nessa safra. As garrafas são numeradas, essa foi a de número 1.319, de um total de 24.000. É um vinho prazeroso, mas que na minha opinião, assim como as outras grandes marcas chilenas e argentinas, não vale o preço cobrado por eles aqui no Brasil.

GO-LIVE do Decantando a Vida

 

Amigos leitores, enófilos, amantes e interessados em vinho,

 

Estamos dando início a esta viagem, que é inaugurar um Site que fale dessa nossa paixão, convidando você internauta a embarcar conosco neste voo interminável no mundo do vinho. Bebendo, estudando, debatendo ou presenteando, estamos sempre ligados ao tema. E sendo assim, contamos com sua participação para que possamos desfrutar juntos esse prazer de abordar o vinho. Sejam bem-vindos!

 

Este projeto é resultado de um sonho, que passa a partir de agora à realidade.
Um projeto não só de duas pessoas mas feito a doze mãos.
A equipe que trabalhou no projeto do Decantando a Vida.com foi inicialmente formada por: os dois Editores-associados que vos falam (Antonio e Eugênio), um desenvolvedor do Site (Leonardo Prunk), um designer da Logomarca e animações (Rafael Abadio), e mais um produtor do banco de dados (Arthur Nóbrega – UnB), além da criadora (Márcia Coêlho) que batizou o nome do Site.
 
Desta forma, damos por iniciado o acesso ao novo Site.
Visite-nos à vontade, pois teremos muitas novidades, artigos diários no estilo BLOG, dicas, informações, histórias sérias e nem tanto, avaliações das mais variadas ampolas, e outras coisas do mundo de Baco.

GO-LIVE ao Decantando a Vida.com

Leonardo da Vinci e sua mirabolante cozinha

Acabei de assistir a peça ao lado e recomendo [indicação da amiga Ana Lúcia]. IMPERDÍVEL, pois fala de nossa paixão: gastronomia e vinhos. EXCEPCIONAL. O ator é DEZ e a ideia de contar a história quase desconhecida, deste que é um dos maiores pensadores do Renascimento, Leonardo da Vinci, num enredo teatral, ficou genial, valendo o nome de seu protagonista. A peça conta de forma hilariante e inteligente – quase morri de tanto rir – as desventuras como Chef de cozinha, que criou e gerou grandes inventos como por exemplo: o guardanapo. Isto mesmo! Foi invenção de mestre Leonardo. Dentre outras “coisitas” inacreditáveis. Só vendo para crer!!

NÃO PERCAM. SOMENTE FINAL-DE-SEMANA, no Teatro da CAIXA, em Brasília.
É daqueles espetáculos que só o “verdadeiro” teatro pode criar: lavam a alma, engrandecem o espírito e atualizam o conhecimento!
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http://www.correiobraziliense.com.br/divirtase/
A Insólita Cozinha de Leonardo da Vinci
Com Ricardo Nortier. Peça inspirada em livro de receitas atribuído ao pintor.

Local: Teatro da Caixa – SBS Qd. 4, Lt. 3/4, anexo à sede da Caixa Econômica Federal – Asa Sul – 3206-9448/6456
Data: Sexta e sábado, às 20h. Domingo, às 19h
Preço inteira: R$ 20
Preço meia: R$ 10 (meia para estudantes, pessoas com 60 anos ou mais e empregados da CAIXA)
De: 17/04/2009  –  Até: 19/04/2009.
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Para terminar a noite comemos uma pizza [italiana, claro] no Baco (309 Norte), acompanhado com o Vinho LaFlor 2008 de Pulenta (Mendoza). Apesar de ser um Cabernet da Argentina, com acentuado sabor amadeirado e aroma herbáceo, até que não fez feio para Margherita servida à mesa. Um vinho fácil de beber – 86 pts.

Saúde e Bom Teatro.

DCV Estreia novo formato e batismo!

Caríssimos amigos enófilos e amantes da boa mesa, a partir de agora as nossas conversas sobre Vinho serão editadas neste novo formato. Já era sem tempo, não!! Este é o preparativo para uma certa, digamos, oficialização do Website a ser este ano inaugurado. Primeiro testamos, avaliamos e aprovamos os textos e ensaios aqui divulgados. Vejam que o número desta edição é 26 (vinte e seis). Exatamente! Nossos “insights” iniciaram-se em 17/01/08 e já colheu boas safras de bate-papos.

Decantando a Vida“. Porque a vida sempre deve ser depurada, límpida [mesmo quando estamos na pior], clareada, aberta, livre, despojada e cantada!! Assim como um Vinho: nas safras jovens vai um decanter largo para amainar a pujança juvenil e nas safras antigas, um decanter curto serve, vez que basta para abrir o aroma e sabor inicial sufocado pela longa guarda.
Por que o nome “Decantando a Vida”? Bem, ele na verdade foi escolhido numa votação familiar em que sempre quem vence é a fêmea. Minha companheira inseparável no tim-tim de taças acertou em cheio, não acham?!! Márcia Prunk é pura inspiração.

Iniciando esta nova fase de reportes deixo vocês com uma pérola de poesia – sou mais dado às prosas, talvez – de um paulistano bom de letras e que exprime à perfeição o sentido de Decantar a Vida, cantando em versos:

“A VIDA DECANTADA”
“Ah se as pessoas fossem tal como um vinho
Cada tipo de uva como um meu grande amigo
Os cabernet, os sirah, os moscatos e os tempranilos
Uns mais suaves, outros mais ácidos mas que se harmonizam

Ah, se eu pudesse decantar cada um desses amigos
Fazendo-os liberarem tudo o que há de melhor dentro de si
Seus dons, seus afetos, suas melhores formas de gratidão
Sentir o sabor de velhas amizades descansadas no carvalho

Na minha reserva especial meus amigos do meu velho mundo
Os que acompanharam-me no tempo junto ao amadurecimento
Como o tanino mais rico e deveras equilibrado
Embora complexo meu processo de maturação foi demorado

Às minhas velhas amigas, dou-lhes toda sorte dos rosé´s
Refrescantes como o mar num dia de verão
E ao meu grande amor o meu melhor Bordeaux
Do qual posso sentir em seu aroma o seu melhor buquê

A vida que deve ser mais fácil, mais alegre e bem definida
Que me lembre as frutas mais vermelhas de minha infância
Os chocolates mais amargos de final macio e aveludado
Decantando a vida em vinho e a misturando com a poesia…”

Éber Marcos Arends do Vale.
São Paulo – 17/12/2007.


Bacana, não é. Saúde e até nova edição!

Degustação Top no Hotel Mercure

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Na noite de 2a.feira, tive oportunidade de participar a convite do amigo Petrus, de uma Top-degutação no restaurante do Hotel Mercure, aqui em Brasília. Algumas ampolas foram ofertadas pelo excepcional enófilo e garimpeiro (assim como eu) de vinhos, colega Eugenio Silva, cujo primeiro contato pessoal me impressionou muito. Fomos guiados pelo amigo e sommelier Marcos Rachelle (o Marquinhos). Confiram a extrema qualidade dos vinhos provados, por ordem de pontuação do autor. Vinhos da Noite:

1. Chateauneuf-du-Pape Tradition 2003 – Domaine La Solitude (Rhône, França).
Aroma discreto, na boca mostrou frutas maduras e leve pimenta. Ainda com acentuado álcool (15,5%), deve melhorar com ao menos 3 horas decantado p/ mostrar todo seu frescor. Cor violácea, mostra a qualidade de sua produção. Sem muita personalidade como demais chateauneufs e levíssimo corpo (R$200). “O sabor lembra um vinho do Porto sem o açúcar”, como disse Diniz, um dos degustadores na mesa. Vinho ainda jovem – 89 pts.
2. Marcenasco Barolo 1994 – Renato Ratti (Piemonte, Itália)
Delicioso e fácil de beber, mesmo com 15 anos de idade; que parece lhe fizeram muito bem. Mostrou-se inteiro e equilibrado. Pouca acidez e corpo médio (R$430). O vinho passa por estágio de 3,5 anos em Botti (tonéis carvalho 18mil Lts.) Um Barolo de responsa!! – 90 pts.
3. Meursault 2000 Domaine Leroy Chardonnay – branco (Bourgogne, França)
Untuoso, delicioso, mineral. Diferente de seus pares de uva chardonnay. Cor palha. Nariz sem florais e sabor lembra manga e pêssego. Longo final. Após uma hora na taça apresentou forte aroma torrado e um caramelo maravilhoso. A ótima acidez indica longos anos de vida (R$600) – 92 pts.
4. Grands-Échezeaux René Engel (V.Romanée) Grand Cru 1991 (França)
Um Grand Cru estonteante; de cair o queixo. Macio, leve mas com estrutura firme, harmonioso. Cor violáceo/tijolo, mostrando que ainda tem bala-na-agulha para mais 10 anos, principalmente pela ótima acidez (R$700). Um vinho já pronto, com aromas de couro e fruta madura. Na boca mostra um frescor presente, quase saltando da taça de tanta vivacidade! Uma experiência gustativa completa de um vinho pleno com quase 20 anos de idade – 95 pts.

Os preços indicados são do valor de mercado no Brasil, pois certamente nenhum deles ultrapassa os U$ 200 dólares de origem do produtor. Mas como já antecipei, foram barganhas garimpadas pelos colegas de degustação. Aconselho a todos que esta é a melhor forma de comprar e beber vinho, héhé!!
Saúde. Até novas degustações!

Mais novo Calouro de Gastronomia

DCV160309Parece que a coisa está ficando séria:  passei no Vestibular!!!
Acabei de me tornar o mais recente calouro de GASTRONOMIA da Faculdade-IESB.
Nos próximos dois anos, “a cobra vai fumar”.   😉
Por motivos particulares a matrícula foi feita mas a vaga reservada p/ Julho, quando poderei me dedicar integralmente.
Como diriam meus amigos da A-stronomia: será que ficarei melhor com teoria na cabeça, ou estou bem na qualidade de “quasi-Amador”? Eis a questão, héhé!
Abraços G-astronômicos. Futuro-pretendente-metido-calouro-aspirante a Chef Cozinheiro.
PARA GUARDAR:
“Ainda que chegues a viver cem anos, NUNCA deixes de aprender!” – Galileu Galilei – 1642.

Ooppsss…uma breve correção: o autor da frase acima é não menos que LEONARDO DA VINCI – 1452/1519.
Também pudera, ele foi um dos caras mais universalizados que ouvi falar. Vejam suas “habilidades”; e todas exerceu com maestria!
Leonardo da Vinci: cavaleiro, artesão, mecânico, escultor, pintor, arquiteto, engenheiro, músico, anatomista, naturalista, matemático, inventor, astrônomo e filósofo. Ufáhh… Tinha que ser um filho-da-Toscana!!!  Portanto:
“Ainda que chegues a viver cem anos, NUNCA deixes de aprender! ” – Leonardo da Vinci.
Manuscritos do acervo pessoal de Bill Gates (Microsoft).

Pinot noir com Amicus Vinum

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Nesta 4a.feira, dia 11 de fevereiro, os amigos da Confraria Amicus Vinum abriram o “ano-letivo” para as degustações de 2009. Foi um início com estilo na enoteca da Grand Cru, da QI-9 (Lago Sul). Uma noite de Pinot noirs de cinco países! A “brincadeira” começou com espumantes para abrir o apetite dos confrades. A degustação foi às cegas, e valeu p/ testar o knowhow da galera, onde o desafio era identificar qual dentre as cinco ampolas representava a Borgonha (França). Somente três conseguiram (Agnaldo, Antonio e Bodani), sendo que o prêmio ficou para o estreante, Agnaldo, irmão do Adro, que levou uma capa p/ vinho, da Toscana [diretamente de Chianti].


Eis os vinhos da noite por ordem de avaliação geral, de acordo com as Fichas de Degustação dos ONZE participantes: Adroaldo, Antonio, Bodani, Agnaldo, Maia, Marcelle (única mulher presente – a confraria tem +duas – e nossa guardiã dos vinhos franceses!), Mário, Neto, Petrus, Renzo e Wesley. A turma estava tão “afiada” que criou-se um segundo desafio: tentar adivinhar também às cegas a procedência de todos vinhos provados, ficando mais interessante e instrutivo o Encontro!
Classificação Geral:
1.Lugar: Saint Clair Pioneer Block Pinot 2007 (Nova Zelândia) – 91pts (autor), ~130reais;
2.Lugar: Leyda Single Vineyard Cahuil Pinot 2007 (Chile) – 87pts (autor), ~98,00;
3.Lugar: Glen Carlou 2006 Pinot (África Sul) – 90pts (autor), ~95,00;
4.Lugar: La Vignée P.Noir Bouchard Père Fils 2007 (França) – 86pts (autor), ~100,00;
5.Lugar: Humberto Canale Gran Res.2006 Pinot (Argentina) – 85pts (autor), ~95,00;

Com os vinhos na mesma faixa de preço, o francês acabou “sofrendo” um bocado, terminando na quarta posição. Em minha avaliação ele se comportou como um legítimo francês: austero, tranquilo e macio; tão macio que sucumbiu aos demais concorrentes, que apresentaram um “Q” a mais. Principalmente o neo-zelandês que foi quase unanimidade, com 7 votos. A briga boa ficou entre o sul-africano e o chileno, com ligeira vantagem ao representante da América: o pinot de Leyda levou o segundo lugar com 6 votos, usando-se o critério de pesos. Na quinta colocação, o argentino [não vamos ser revanchistas, mas …] não arrebatou a turma e mostrou-se o menos atrativo. Lembrando aqui que esta vinícola (H.Canale) é uma das melhores da argentina e produz malbecs e merlots de excepcional nível. Apenas a pinot não é lá a “praia deles”.
Vejam mais fotos do Encontro, que contou com um primoroso atendimento e serviço do pessoal da GrandCru (Lázaro, Alves e Fernando). E olha que foram mais de 70 taças usadas, do modelo Borgonha tradicional. Alto nível!
Saúde. E que venham novas degustações!