Jantar harmonizado com vinhos Bettú

Jantar harmonizado com vinhos Bettú, na presença do próprio, acontece no restaurante carioca Aprazível, do meu amigo Pedro Hermeto. Se morasse no Rio de Janeiro não perderia por nada. Confira:

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Degustação de Vinhos Bettú
O Aprazível, em rara oportunidade,tem o prazer de oferecer um jantar com degustação de vinhos do cultuado produtor Vilmar Bettú.
Será uma experiência única de bater um papo com o aclamado vinhateiro e descobrir novidades.
O evento acontecerá no dia 14 de novembro, segunda-feira, véspera de feriado, às 20h.
Sobre os vinhos Bettú:
O vitivinicultor Vilmar Bettú tem sua propriedade localizada no município gaúcho de Garibaldi, na região da Serra Gaúcha, onde produz vinhos artesanais que são verdadeiras relíquias, seguindo uma filosofia muito particular, com micro vinificações que fogem totalmente ao padrão do mercado. Sua produção é limitadíssima e, dependendo da uva, chega a apenas 10 litros por safra…
 
Os seguintes vinhos serão degustados:
Gewurzstraminer 2010
Merlot Rose 2010
Merlot 2006
Corte Bordalês 2002
Tannat 2003/04
Cabernet Sauvignon 2002
Malvasia de Candia Licoroso 2005
 
O menu servido no jantar será o seguinte:
 
Couvert:
Da Casa
(pães artesanais, pão de queijo, pizza branca,
vinagrete de sarnambi, berinjela agridoce e manteiga).
Entradas:
Casquinha de caranguejo
(carne catada, refogada, coberta com
farofa de mandioca)
ou
Escondidinho de Carne Seca
(purê de batata barôa, carne seca desfiada,
queijo fundido e parmesão gratinado)
Pratos:
Delicioso Cabrito
(assado no vinho tinto, acompanham purê de inhame, cebola caramelada, cogumelo Paris e brócolis)
ou
Medalhão
(em molho de vinho do Porto, acompanham batata Aprazível e banana gratinada com creme de espinafre)
Sobremesas:
Banana Santa Teresa
(grelhada com canela e açúcar, servida com sorvete de creme,
calda quente de chocolate e amêndoas picadas)
ou
Morango do Amor
(morangos flambados com suco de laranja e cointreau derramados sobre sorvete de morango, suspiro e creme de leite batido)
 
Valor: 180 reais por pessoa (serviço incluso)
 
Reservas com Andréa Setúbal, do Departamento de Eventos:
Telefones: 2508-9174 / 2507-7334 (digite 6)
O Aprazível fica na Rua Aprazível 62, em Santa Teresa.
Para informações sobre como chegar, acesse:
www.aprazivel.com.br.

Inauguração do Espaço Gourmet do Park Shopping com show de Ed Motta

Ontem houve a inauguração do novo Espaço Gourmet do Park Shopping Brasília. O evento contou com a presença das atrizes globais Christine Fernandes, Flávia Alessandra, Fernanda Lima, Deborah Secco e Guilhermina Guinle. O serviço de buffet foi impecavelmente comandado pela Sweet Cake, na presença do sempre atencioso e simpático Celso Jabour. Houve também um pocket show do cantor Ed Motta, que revezou teclado e guitarra de acordo com a música a ser executada. A nova área do shopping é bastante ampla e abriga os restaurantes Antiquarios Grill,  Barvacoa, Le Vin, La Tambouille e o The Fifties.

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Quinta da Figueira, o vinho de garagem de Florianópolis

Tenho passado um bom tempo garimpando produtores pouco conhecidos do público em geral, mas que fazem vinhos diferenciados e prazerosos. Desta vez tive a oportunidade de conhecer os vinhos da Quinta da Figueira, feitos pelo enólogo Rogério Gomes em Florianópolis. Verdadeiros vinhos de garagem, pois são feitos na garagem de seu pai. O Rogério compra uvas dos Vinhedos Terras Altas (em frente a Villa Francioni e atualmente arrendado para Quinta da Neve), Vinhedos do Monte Agudo, Tenuta do Sol e Suzin, todos em Santa Catarina.

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Gomes adquiriu barricas usadas da Villa Francioni, que foram enviadas ao famoso tanoeiro Eugênio Mezacasa em Monte Belo do Sul, para raspagem e tostagem, e hoje já possui mastelas de fermentação, bomba de trasfega, filtro italiano, prensa italiana, desengaçadeira, enchedora italiana, barricas novas, tanques e contratou o laboratório Labran para realizar as análises dos vinhos e auxiliar na fabricação.

O nome Quinta da Figueira foi escolhido para homenagear a figueira centenária que há na praça XV em Florianópolis e é símbolo da cidade, mas vamos aos vinhos. Degustei 06 vinhos:

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Savignon Blanc 2009: Um dos primeiros vinhos da vinícola, feito com uvas compradas da Quinta da Neve, quando o parreiral estava com 03 anos de idade. O mosto foi fermentado um tempo com as cascas, o que gerou uma intensidade de cor pouco comum nos s.blanc, e foram usados chips bem tostados, resultando em um vinho fora dos padrões da uva. Ao ver a cor na taça me animei, mas achei o vinho pouco aromático, com aroma de lavanda e final de boca pobre. Sem dúvida uma curiosidade, devido a sua raridade restrita a 10 garrafas.

Chardonnay 2010: Uvas compradas dos Vinhedos do Monte Agudo. O vinho foi feito ao método do velho mundo, quando não havia muita tecnologia para elaborar brancos. A metade das uvas foi fermentada com as cascas em tanque aberto e a outra metade fermentou em baixa em tanque fechado. Os dois vinhos foram misturados e o corte foi clarificado e filtrado antes de engarrafar. Isso tudo gerou um vinho laranja, lindo, que não deve ser tomado à noite como eu fiz, sob pena de não se emocionar com a bela cor. Nariz bem mais intenso que o sauvignon Blanc, com toques de caramelo e cítrico, mas achei um pouco sem alma no gole. Gostaria muito de ver outra safra desse vinho, nesse mesmo estilo “Orange Wine”-que adoro- com mais presença de aroma de boca e final longo.

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Quinta da Figueira-Reserva Perpétua Lote I: Aí a coisa ficou séria. Eu que normalmente simpatizo mais com os brancos, me encantei com esse vinho. O Lote I é um corte de uvas da Safra 2009 e 2010, os quais passaram por barricas americanas, francesas, de tosta média, novas e usadas. As uvas são oriundas dos Vinhedos Terras Altas e Vinhedos do Monte Agudo. 80% C.Sauvignon e 20 % Merlot. Cor violácea com muito brilho, sem aroma algum de estrebaria, bastante comum nos vinhos brasileiros, expressando muita fruta fresca, mineral, acidez perfeita, de corpo médio para cheio, taninos quase imperceptíveis, muito finos. Encantou toda a mesa. Era o preferido até então.

Quinta da Figueira-Reserva Perpétua Lote II: Quando todos se davam por encantados com o Lote I, o Lote II surgiu para desfazer a unanimidade. Alguns continuaram preferindo o I e outros mudaram imediatamente a preferência para o II. Esse segundo tinto é uma mistura de 40% do Lote I com 60% de Merlot 2011 adquirido da Suzin. O vinho é mais turvo e mais claro que o anterior, de uma maciez incrível, que foi sorvido aos elogios por toda mesa.

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A postagem já está enorme, então deixo para outra oportunidade os dois vinhos tintos restantes, que foram o Winekit 2008 e o Cab. Sauvignon 2008 Pitanga, os dois primeiros vinhos produzidos pela vinícola. Parabéns a Quinta da Figueira que já mostrou grande qualidade em seus primeiros vinhos.

 

Clos Rougeard “le Bourg” 2007

Clos Rougeard tinto, como eu precisava tomar esse vinho. Depois de tanto ouvir o Jô falar a respeito e de ler sobre o mesmo, havia virado uma quase obsessão. Já havia provado o branco, veja aqui, mas o tinto é de uma raridade ainda maior.

O Clos Rougeard é uma propriedade dos irmãos Charlie e Nady Foucault, que fica no Loire, especificamente em Saumur-Champigny, que não é uma apelação de boa reputação. A sede está localizada no meio da vila de Chacé e apesar da reputação da apelação faz vinhos de excelência.

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A configuração da vinícola é artesanal ao extremo, à moda antiga. A vinha é arada, herbicidas e fertilizantes artificiais jamais foram utilizados. Os rendimentos são baixíssimos e o fruto é totalmente desengaçado, com triagem antes e depois da colheita.

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São feitos cinco vinhos, 03 tintos – Genérico, “les Poyeux” e o top “le Bourg” (que só é feito nos melhores anos). Esse último vem de um vinhedo de apenas 01 hectare de vinhas de 70 anos e é maturado em barricas novas, o “les Poyeux” em barricas de um ano, e o genérico em barricas mais antigas. Os dois brancos são o “Brézé” seco, e quando as condições permitem, o Coteau Saumur de sobremesa.

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Ao se ouvir a menção Saumur-Champigny, a maioria das pessoas pensa em um vinho mais leve que um Chinon ou Bourgueil, sem passagem por madeira, e melhor apreciado quando refrescado como um Beaujolais. Com a fruta bem evidente e melhor se consumido em até três anos após a colheita.

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O Clos Rougeard não é assim. O vinho tomado foi o “le Bourg” 2007 (100% cab.franc), um vinho substancial, mas sem super-extração. Barricado, mas sem exagero, uma leve estrebaria, um couro com fruta, profundo, taninos sofisticados, acidez e mineralidade. Um vinho harmonioso e elegante, inesquecível.

 

Vinhos do Jô encantam novamente!

jo1Meu amigo deu o ar da graça novamente aqui por Brasília e como não poderia deixar de ser, trouxe umas preciosidades na mala. Em noite inspirada, ele, eu e o amigo Abílio Cardoso nos reunimos para tomar vinhos de baixíssimo nível de So2, que coincidentemente ou não, sempre que os tomo, acordo bem mais inteiro que quando bebo os com mais So2 (lembrando que a legislação brasileira permite até 350 mg por litro – esses vinhos têm apenas de 15 a 20 mg/l). O Jô não gosta de aparecer, e na foto está reclamando por tê-lo fotografado. Se continuarjo7 trazendo vinhos desse porte, a bronca está liberada. Abaixo a relação do que foi tomado, e em próximas postagens vou detalhar cada um deles.

Domaine Valette- Pouilly-Fuissé “Les Chevriéres” 2006 (Borgonha)-levado por mim.

Clos Rougeard “Le Bourg” 2007 (Loire)

Marc Kreydenweiss – Perriéres  2008 (Rhone)

Vin Gris de Cigare 2009 (Bonny Doon)

grisEsta nova criação do polêmico Randall Grahm promete ser um grande sucesso. Elaborado com base na casta Grenache, mostra um estilo semelhante aos rosados do sulda França, com uma cor levemente salmonada mas grande profundidade de fruta. 83% Granache Noir, 10% Grenache Blanc, 5 % Roussanne e 2% Cinsault. EUA, R$ 81,00 na Vinci. Em Brasília na Bordeuaux Casa e Vinho3248 7311