Um BAROLO p/ quebrar o preconceito!

prunottoUm vinho para surpreender. Não que seja um desconhecido, mas porque muitas pessoas no Brasil não o conhecem verdadeiramente. Bebi recentemente uma coisa de outro mundo, ou melhor de outro planeta! Esta ampola é certamente algo para elevar a alma. Espirituoso. Rezar, orar e pedir aos deuses que iluminem as mãos que o produziram…Não vou estender mais o segredo e abrir logo o jogo. Trata-se nada menos que o fantástico Prunotto, de Bussia. Um Barolo de 2001, do Piemonte – Itália. Ele foi bebido em minha comemoração de Bodas de Prata no restaurante Le Jardin du Golf, no Clube de Golfe. Uma sequência muito bem produzida de refeição, com um fetuccine con polpetas pra mim e um frango a sous-vide e batatinhas grelhadas para a madame. De entrada um palmito pupunha guarnecido com calda chocolate deliciosa. Ao final da noite, tsc,tsc… uma decepção foi constatar a taxa de rolha cobrada: inacreditáveis 60 reais ljardin-cc(para uma garrafa que por baixo custava +400,00!). Verdadeiramente um ponto negativo do restaurante, que deixou um certo amargor na boca. Verdade seja dita, a carta de vinhos é ótima, de muito bom gosto e variadíssima tanto em preço quanto em rótulos. Mas, enfim…UMA PENA a falta de sensibilidade do gerente!! Aliás, interessante notar que os restaurantes daquele Clube andam dando umas “tacadas” bem exageradas [risos]. Há dois meses paguei um valor parecido por um vinho levado ao restaurante Oliver – Clube de Golfe, nas mesmas condições.

Para adoçar novamente nosso paladar e o post, voltemos ao vinho. Descortinamos aromas de hortelã e aniz, além de outros como tabaco, num emaranhado de cheiros abertos raramente visto numa única garrafa de vinho. Perfumes de pétalas de rosas e muito mais ainda exalavam. E o inacreditável era que o mesmo continha quase uma década de idade. Isto mesmo, vejam a cor quase violácea na foto. Parecia que o vinho acabara de ser vinificado. E tem força para mais 15 anos, fácil. prunotto1Na boca nem preciso contar; era puro veludo, descia redondo como a jabulani da Copa de futebol. Este “puro sangue” lembrou um magnífico claret (Grand Cru) francês apesar do intenso corpo. Mas era um italianíssimo Barolo de alta estirpe, de uvas Nebbiolo. Um DOCG para nenhum brasileiro leigo botar defeito. Aos que me conhecem sabem que não repito vinho, mas por este Barolo Prunotto vou quebrar meu paradigma: voltarei a prová-lo, certamente. A garrafa veio da Itália mas é encontrado em qualquer loja da Expand. Nota surpreendente: 96 pts !!